O XXIV Seminário Internacional do Café de Santos será um evento sustentável. Marcado para os dias 21, 22 e 23 deste mês, no Blue Med Convention Center, em Santos, o evento vai medir todas as emissões de carbono relacionadas ao encontro e vai preparar compensações ao meio ambiente. Além disso, toda a estrutura está sendo preparada para reduzir a geração de resíduos sólidos e para destinar o lixo corretamente, bem como a organização está avaliando cada fornecedor com este olhar ambiental.
Conforme Carlos Santana Júnior, vice-presidente da Associação Comercial de Santos (ACS), a organização do evento, que é da própria ACS, adotou as melhores práticas internacionais de ESG e aderiu aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) da Organização das Nações Unidas (ONU). Assim, foi elaborado um sistema de cálculos que permite levantar dados sobre a geração de carbono de todo o evento.
Um dos aspectos que serão avaliados é o consumo de combustível utilizado por cada participante para chegar ao evento. “Vamos calcular os impactos ambientais gerados pelos deslocamentos, tanto de pessoas que vêm de outras partes do Brasil quanto de diversas partes do mundo. Levaremos em consideração as condições aéreas e rodoviárias”, frisou.
Santana também afirmou que até mesmo o consumo de energia elétrica das hospedagens será contabilizado. “Vamos medir esse consumo também. Já escolhemos um ambiente com energia limpa para o evento (o centro de convenções) e vamos verificar as questões energéticas das hospedagens dos visitantes”.
O presidente da ACS, Mauro Sammarco, destaca também que a estrutura montada para o Seminário visa não gerar resíduos que possam agredir o meio ambiente. “Em termos de resíduos, vamos atuar preventivamente. Vamos usar utensílios biodegradáveis, além de evitar o uso de plástico. Mesmo assim, se algum lixo reciclável for gerado, vamos destiná-lo corretamente”.
Depois de coletar todos os dados relacionados à emissão de poluentes, a organização vai estudar as melhores formas de compensação ambiental entre as possibilidades, estão o plantio de novas árvores, investimento em iniciativas de desenvolvimento comunitário que promovam a resiliência às mudanças climáticas e a redução de emissões locais ou financiamento de práticas agrícolas que reduzem as emissões de gases de efeito estufa, como a agricultura de conservação e a gestão sustentável do solo.
“Nossa intenção é deixar um legado. Queremos mostrar que podemos ter eventos sustentáveis, gerando impactos positivos para o planeta”, declararam, ressaltando que, após o seminário, o sistema usado vai se transformar em um aplicativo, cuja função principal será justamente calcular a emissão de carbono, geração de resíduos, consumo de energia e indicar compensações.
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