Você sabe o que é covid longa?

Você pegou covid-19 recentemente e continua se sentindo exausto, com dores de cabeça ou sua memória está falhando? Você pode estar com o que os especialistas estão chamando de covid longa, uma consequência da doença que dura mais de um mês e vem se manifestando em algumas pessoas. Aqui no Brasil ainda não há estatísticas conclusivas, mas no Reino Unido, por exemplo, pesquisas apontaram a presença desse diagnóstico em mais de 1 milhão de pessoas que foram infectadas pelo vírus.

“Quando falamos em cuidados após infecção pelo Sars-Cov2 podemos perceber que a reação é muito variada e os sintomas da covid longa podem mudar de pessoa para pessoa. Mas, em geral, a atenção precisa estar focada em três principais órgãos, o coração, pulmão e cérebro”, explica o médico responsável da Medicar Emergências Médicas, Dr. Alexandre Francisco.

Segundo o especialista, entre as queixas mais comuns, percebe-se o cansaço excessivo, palpitações, falta de ar, alterações prolongadas no olfato e no paladar. “Em um estudo realizado pela Universidade de Campinas (Unicamp), foi detectado que 40% dos pacientes apresentavam dor de cabeça, 40% tinham fadiga, 30% alteração de memória, 28% sofriam de ansiedade, 20% de depressão, 16% tinham perda de paladar e 28% de olfato”, comenta.

O coração, conforme informa o médico, vem sendo um dos órgãos mais afetados pela doença. Por este motivo, fazer um check up com um cardiologista é muito importante. “Essa procura médica de forma preventiva é fundamental, pois somente o especialista poderá avaliar se há algum tipo de fibrose do miocárdio, que é algo que pode levar o paciente a ter dores no peito e palpitações. Arritmias e miocardites também têm sido detectadas após infecção de covid”, alerta Dr. Alexandre Francisco.

Como cuidados essenciais nesse período pós-infecção, o médico salienta ser de suma importância realizar exames preventivos com regularidade e adotar um estilo de vida mais saudável com rotinas de exercício físico, alimentação equilibrada, evitar o consumo de álcool, bem como evitar o cigarro além de ter uma rotina de sono reparadora. “A prevenção sempre será o melhor meio de mantermos a saúde em dia”, conclui o especialista da Medicar.

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