Sobe para 64 o número de mortos nos incêndios florestais do Chile

O presidente do Chile, Gabriel Boric, anunciou neste domingo um balanço de 64 mortos nos incêndios florestais que castigam a região de Valparaíso desde sexta-feira, e garantiu que o número aumentará significativamente.

“Posso confirmar, com tristeza, que há 64 mortes. Esse número vai crescer, sabemos que vai crescer significativamente”, disse o presidente, falando de Quilpué, uma área de colinas povoadas nos arredores de Viña del Mar, um dos locais onde se veem bairros de casas carbonizadas, cerca de 90 km a noroeste de Santiago. Esta é a tragédia mais mortal que o Chile enfrentou na última década, segundo as autoridades.

Além das perdas humanas, há entre 3.000 e 6.000 casas afetadas pelos incêndios florestais mais mortíferos da última década, segundo o subsecretário.

Do Palácio La Moneda, em Santiago, o presidente Gabriel Boric antecipou que as vítimas vão “aumentar”, dada a “dimensão” que “a tragédia” está tomando. Até agora, já foram mais de 43.000 hectares queimados.

Apenas no setor de Villa Independencia, em Viña del Mar, “morreram 19 pessoas (…), todos os corpos foram levantados”, disse ontem a ministra do Interior, Carolina Tohá. No sábado à tarde, o fogo se reativou em Valparaíso. Uma densa nuvem de fumo voltou a subir sobre esta zona, onde persistem altas temperaturas em pleno verão austral.

As autoridades decretaram toque de recolher noturno em Viña del Mar e em outras três cidades a partir das 21h locais e emitiram novos alertas de evacuação. Ainda não se informou o número de pessoas que foram forçadas a abandonar suas casas.

No total, foram registrados 92 incêndios, 40 deles já controlados. Pelo menos 29 focos seguem ativos, e os bombeiros tentam sufocá-los com o apoio de helicópteros e aviões.

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