
Na última quinta-feira (20), Santos celebrou a inauguração do primeiro hospital de transição do Litoral Paulista, também o maior em número de leitos em todo o Brasil. Denominado de SerPiero, em homenagem a Leonardo Di Ser Piero da Vinci, este hospital é dedicado ao atendimento de pacientes terminais ou que enfrentam graves problemas de saúde e, agora, necessitam de reintegração ao seu cotidiano, já possuindo um diagnóstico e tratamento definidos. O Hospital SerPiero presta assistência a pessoas que precisam de acompanhamento médico contínuo, reabilitação e adaptação, muitas vezes inviáveis em ambientes residenciais.
Com 5.600m2 de construção, os 102 leitos estão distribuídos em seis dos oito andares do hospital, oferecendo instalações como: sala de pequenos procedimentos, farmácia, cobertura e ginásio de reabilitação motora e de fisioterapia, além de outros espaços. Com uma equipe de aproximadamente 200 profissionais envolvidos no dia a dia com os pacientes e administração, o Hospital SerPiero é considerado referência nesse tipo de atendimento.
Para sua implantação, foram investidos aproximadamente R$ 38 milhões, destinados à construção de uma infraestrutura de primeiro mundo, envolvendo instalações modernas e uma equipe multidisciplinar de profissionais especializados em cuidados paliativos.
“Buscamos trazer uma infraestrutura diferenciada para proporcionar um ambiente acolhedor. Somos um braço do ciclo médico do paciente, reunindo todos os requisitos necessários para que este cuidado seja sinônimo de restabelecimento, carinho e respeito”, ressalta o médico Marcelo Noronha, presidente do Health Innovation Group, responsável pela gestão do SerPiero.
Segundo Noronha, esse tipo de assistência é tendência mundial. “É um princípio que se baseia tanto na humanização e na busca por qualidade de vida do paciente, como também em ser mais custo-efetivo, já que reduz o risco de complicações e reinternações. Inclusive, o nosso hospital é o primeiro Hospital de Transição pet friendly no Brasil”, explica o especialista.
Segundo dados da Organização Panamericana de Saúde (PAN), a cada ano, aproximadamente 56,8 milhões de pessoas em todo o mundo necessitam de cuidados paliativos, entretanto, somente cerca de 14% delas estão recebendo esse tipo de atendimento atualmente. A demanda por esse cuidado tem sido crescente, a ponto de o Ministério da Educação (MEC) instituir o tema como uma especialidade dentro da grade curricular no curso de Medicina, conforme informa o médico Marcelo Noronha.
O Hospital SerPiero atenderá principalmente, embora não exclusivo, o atendimento a três tipos de pacientes: pacientes de longa permanência, que são aqueles com doenças crônicas que não necessitam mais da estrutura de um hospital convencional, porém, requerem atendimento e acompanhamento em uma estrutura hospitalar mais leve; pacientes em reabilitação, que podem vir de hospitais convencionais ou mesmo de suas residências. São pessoas que enfrentaram doenças agudas, como um Infarto, Covid ou traumas (acidentes), e já passaram pelo tratamento crítico e agora precisam dar continuidade à sua reabilitação; e os pacientes em finitude, que possuem doenças terminais que serão acolhidos com o intuito de continuar o tratamento da doença com conforto e sem sofrimento.
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