Santos apresenta unidade móvel a doadoras de leite humano

Em comemoração ao Dia Mundial de Doação de Leite Humano profissionais de saúde, mães que extraem leite para os seus bebês prematuros internados e doadoras do Banco de Leite Keiko Miyasaki Teruya, do Hospital Guilherme Álvaro (HGA), do governo estadual, conheceram a unidade móvel de coleta de leite humano da Prefeitura de Santos nesta segunda-feira (20). A apresentação do veículo aconteceu durante o encontro promovido com as mamães pela equipe que atua no banco de leite, o único do Município.

Nas próximas semanas, as integrantes dos grupos de gestantes e de aleitamento materno das policlínicas santistas também conhecerão a unidade móvel. Em um primeiro momento, o intuito é de incentivar a doação do leite materno e explicar sobre a importância desse gesto.

DOAÇÃO

Atualmente, o banco de leite do HGA possui 21 doadoras cadastradas, das quais 14 são moradoras de Santos. É importante frisar que há critérios para doação (veja abaixo) e que o leite a ser oferecido para um bebê considera o peso e a idade gestacional da criança, além da quantidade de gordura, calorias e acidez do alimento – que são avaliados pela equipe técnica que trabalha no banco de leite.

Conforme explica a pediatra Teresa Maria Isaac Nishimoto, um bebê prematuro pode receber o leite da própria mãe ou, no caso dessa impossibilidade, o de uma doadora com bebê da mesma idade, pois as características do leite materno mudam com o passar do tempo, de acordo com os nutrientes de que o bebê necessita em cada fase de seu início de vida. Importante ressaltar que não existe leite fraco e que a mãe produz o alimento de acordo com as necessidades que seu filho apresenta.

A mãe de um prematuro, por exemplo, produz um leite mais rico em anticorpos que a mãe de um bebê que nasceu no tempo certo. Em compensação, o leite produzido pela mãe do prematuro possui menos sódio, porque o rim dele ainda não está completamente formado.

Por isso, é de extrema importância ter doadoras em quantidade para suprir as necessidades do banco de leite e que estejam em diferentes estágios de amamentação de seus bebês, que produzam leite com diferentes características.

“O leite materno é de extrema importância para o bebê prematuro, pois o prognóstico é de uma recuperação é mais rápida, com menos tempo de UTI e, portanto, menos risco de contrair infecções, além de mais chances de se desenvolver melhor”, explica a também pediatra Roberta Marques Greghi Hernandez.

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