Repúdio à homenagem ao Coronel Erasmo Dias: Ditadura Militar não pode ser esquecida

Centrais pedem que governador Tarcísio de Freitas vete homenagem a Erasmo Dias

A proposta de homenagear o Coronel Erasmo Dias pela Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) gerou uma intensa polêmica. Diversas organizações sindicais, estudantis e de direitos humanos expressaram seu repúdio a essa iniciativa, destacando-se como ações autoritárias e antidemocráticas desse personagem histórico durante a ditadura militar no Brasil. Neste artigo, discutiremos os motivos pelos quais a homenagem ao Coronel Erasmo Dias deve ser rejeitada, ressaltando a importância de aprender com a história para evitar a repetição de períodos obscuros e retrocessos.

O legado autoritário do Coronel Erasmo Dias: O Coronel Erasmo Dias é conhecido por sua participação em eventos marcantes da ditadura militar no Brasil. Em 1964, quando o comandante do Forte Itaipú, na Baixada Santista, foi responsável pela prisão de sindicalistas, Jornalistas, incluindo petroleiros, portuários e estivadores, que foram presos no navio Raul Soares, conhecido como “navio prisão”. Essa ação arbitrária e repressiva demonstra o desrespeito aos direitos dos trabalhadores e a negação da liberdade sindical.

Além disso, o Coronel Erasmo Dias ficou famoso por comandar a invasão na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo em 1977, reprimindo brutalmente o movimento estudantil. Essa ação violenta é um exemplo claro da postura antidemocrática e repressiva adotada pelo regime militar.

A importância de rejeitar a homenagem: Homenagear uma figura como o Coronel Erasmo Dias é ignorar e minimizar os abusos cometidos durante a ditadura militar. Essa atitude é inadmissível, pois desconsidera as lutas e os sofrimentos que resistiram ao regime autoritário em busca de liberdade e justiça. Permitir essa homenagem é uma frente à memória das vítimas da repressão e uma desconsideração aos esforços pela construção de uma sociedade mais democrática.

A necessidade de aprender com a história: A história do Brasil durante a ditadura militar é repleta de violação dos direitos humanos, censura, perseguições políticas e restrições às liberdades individuais. Esses eventos sombrios devem ser lembrados e observados para que não sejam repetidos. A sociedade brasileira precisa enfrentar seu passado, reconhecendo as atrocidades cometidas durante esse período, a fim de construir um futuro baseado na democracia, justiça e respeito aos direitos humanos.

O apelo ao governador Tarcísio de Freitas, diante desse contexto, as organizações sindicais, estudantis e de direitos humanos, representados pelos signatários desta carta, fazem um apelo ao governador Tarcísio de Freitas para que vete o projeto.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*