Premiê italiano Draghi renuncia após ser abandonado por coalizão

O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, renunciou hoje (21) após a queda de seu governo de unidade nacional, colocando o país no rumo de uma eleição antecipada e atingindo os mercados financeiros.

Draghi, ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE), que não foi eleito para o cargo de premiê e liderou uma ampla coalizão durante 18 meses, apresentou sua demissão em uma reunião com o presidente da Itália, Sergio Mattarella.

O gabinete de Mattarella disse que o chefe de Estado “tomou nota” da renúncia e pediu a Draghi que permanecesse na função interinamente.

Mattarella planeja reunir-se com os presidentes de ambas as casas do Parlamento hoje à tarde. Fontes políticas disseram, no início desta semana, que ele provavelmente dissolverá o Parlamento e convocará uma eleição antecipada em outubro.

Um bloco de partidos conservadores, liderado pelo Irmãos de Itália, de extrema direita, provavelmente ganhará uma clara maioria nas próximas eleições, segundo indica pesquisa de opinião.

A coalizão de Draghi desmoronou na quarta-feira (20), quando três de seus principais parceiros se recusaram a participar de um voto de confiança ao governo que ele havia convocado para tentar acabar com as divisões e renovar sua aliança.

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