Prefeitura diz que lockdown foi positivo em Araraquara

O lockdown decretado em Araraquara, no interior paulista, foi capaz de diminuir os indicadores relativos à disseminação da covid-19 no município, revelam dados da prefeitura. O confinamento foi de 21 de fevereiro a 2 de março, e houve queda no número de diagnósticos positivos da doença, internações e óbitos.

Os dados da prefeitura comparam os indicadores entre o primeiro dia do lockdown, 21 de fevereiro, e o dia 11 de abril, 50 dias após o início do “fechamento” da cidade. O número de casos confirmados em 15 dias caiu 66,2%: de 2.361 (de 7 de fevereiro a 21 de fevereiro), para 799 (de 30 de março a 11 de abril).

“Não tem a menor dúvida de que o lockdown foi a arma mais eficiente” para reduzir os números, disse a secretária de Saúde de Araraquara, Eliana Honain. O município não tinha condições de vacinar a população em massa, e o outro mecanismo para aliviar a situação era o isolamento social, que realmente mostrou-se efetivo para conter e diminuir a transmissão, destacou a secretária.

No lockdown realizado em Araraquara, estavam autorizadas a funcionar apenas farmácias e unidades de saúde de urgência e emergência. Foi proibida a circulação de veículos e de pessoas na cidade. Era permitido sair de casa apenas para aquisição de medicamentos, obtenção de atendimento ou socorro médico para pessoas ou animais e serviços de urgência ou necessidades inadiáveis.

Também foram proibidas todas as atividades comerciais, incluindo postos de combustível, supermercados, que podiam funcionar apenas para delivery, prestação de serviços (inclusive agências bancárias) e industriais, seja por atendimento presencial ou para prática de atividades internas, externas, produtivas, de manutenção, de limpeza ou outra de qualquer natureza, exceto segurança. O transporte coletivo também não circulou no período.

“O lockdown valeu a pena porque foi feito por um período de dez dias. Há quanto tempo nós estamos nessa fase emergencial e na vermelha, e não conseguimos os resultados que a gente conseguiu com dez dias?”, questionou a secretária.

As fases Emergencial e Vermelha do Plano São Paulo, a que a secretária se referiu, têm medidas menos restritivas que o lockdown, com permissão, por exemplo, para funcionamento de supermercados e circulação de pessoas nas ruas.

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