Praia Grande contra a dengue: conheça os sintomas da doença e onde procurar atendimento

Município fortaleceu e ampliou as ações de enfrentamento

Praia Grande está atuando ativamente no combate ao mosquito Aedes  Aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Em situação de  emergência em saúde pública para a dengue desde 8 de março, o  Município fortaleceu e ampliou uma série de ações de enfrentamento  deste problema.

Todas as unidades de saúde estão de prontidão, atendendo os pacientes  com sintomas da doença. As 30 Unidades de Saúde da Família (Usafas)  fazem o acompanhamento de casos mais leves e realizam o exame de  sorologia para identificar os casos positivos. Os atendimentos de  maior urgência são recebidos pelas Unidades de Pronto-Atendimento  (UPA) Quietude e Samambaia e pelo Pronto-Socorro Central, no Bairro  Guilhermina.

E para ajudar a identificar o que a pessoa tem e onde procurar  atendimento, é importante conhecer os sintomas da dengue, as fases da  doença e seus sinais de alerta. Os sintomas mais comuns são: febre  alta de início súbito, dores pelo corpo, dores musculares e nas  articulações, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, manchas vermelhas no  corpo e cansaço intenso.

Em geral, esses sintomas costumam se manifestar entre 3 a 5 dias após  a picada do mosquito infectado. Eles são intensos e duram de 7 a 15  dias. Nesse caso, é recomendável que o cidadão procure a Usafa mais  próxima. O paciente é acolhido e, de acordo com os sintomas  informados, recebe as orientações médicas e o tratamento adequado. Na  Usafa também é colhido o exame de sorologia, a partir do sexto dia dos  sintomas. Ele serve para verificar os casos positivos, auxiliando nas  ações da equipe de Saúde Ambiental que atua no combate ao mosquito e à  proliferação de larvas e criadouros.

Sinais de alarme – Grande parte das pessoas infectadas pela dengue não  desenvolvem sintomas. No entanto, aquelas que manifestam a doença  podem evoluir para casos mais graves. Por isso, é importante ficar  atento aos sinais de alarme. Entre eles, são: dor abdominal intensa,  vômitos persistentes, sangramento, aumento do fígado, acúmulo de  líquido.

“Quando o paciente tem qualquer sinal de gravidade ou sangramento ele  deve procurar uma UPA ou o PS Central para fazer um exame de sangue e  depois, estando normal, continua com seu acompanhamento na Usafa. Caso  tenha algum outro sinal de gravidade, volta à UPA para fazer exame de  novo. Teve sangramento espontâneo, apresentou uma dor abdominal  intensa que surge do nada, alterou um pouquinho o nível de  consciência, com febre e dor no corpo, esse combinado de coisas indica  a necessidade de procurar atendimento de emergência”, explica a médica  Fernanda Quintão, da Secretaria de Saúde Pública (Sesap) de Praia  Grande.

E mesmo com a melhora dos sintomas, a pessoa deve ficar alerta a  qualquer sinal de piora. “Às vezes a pessoa melhorou, mas teve um  sangramento. Nesse caso, ela precisa procurar uma unidade de  pronto-atendimento, porque a dengue tem essa questão de após um  período de febre a pessoa melhora e, logo depois, inicia um sinal de  gravidade, que chamamos de fase crítica. Ou, mesmo depois que acaba a  febre, se tiver qualquer sangramento, busque atendimento de  emergência. E também é importante que, na melhora, volte para ser  avaliado na Usafa”, orienta a médica.

Tratamento – O tratamento é baseado principalmente na reposição  adequada de líquidos e analgésico para combater dor e febre. Em casos  mais graves, pode ser aplicado soro venoso. Em casa, a pessoa deve  seguir as orientações médicas, além de repousar e beber líquidos.

É necessário também evitar a automedicação, pois alguns remédios podem  agravar casos de dengue. E em caso de sangramento ou algum sinal de  alarme acima citado, procure atendimento o mais rápido possível.

Repelente – Uma forma de prevenir a dengue é utilizando repelente,  inclusive se a pessoa está com sintomas de dengue. “Isso vai impedir  que um mosquito sadio se contamine com o sangue de uma pessoa com  dengue e transmita o vírus para outra”, afirma a médica.

Demais ações – Durante todo o ano, os agentes de combate às endemias  do Município estão percorrendo os bairros e visitando as residências  para a realização do bloqueio de criadouros, além de orientar a  população para evitar o surgimento de locais propícios para a criação  de larvas do vetor das doenças.

Também estão sendo visitadas obras e pontos estratégicos, casos de  cemitério, desmanche de veículos, borracharias e locais de reciclagem  de materiais. O trabalho de nebulização em áreas de casos confirmados  segue sendo efetuado pelo Município, seguindo os critérios  preconizados pelo Ministério da Saúde. Ainda fazem parte das  atividades as campanhas educativas nas unidades de saúde e nas escolas  municipais, por meio do setor de Informação, Educação e Comunicação  (IEC), da Divisão de Saúde Ambiental.

Outra iniciativa que continua em desenvolvimento é o uso das  armadilhas ovitrampas, criadas para capturar o mosquito Aedes Aegypti.  Instaladas em lugares de maior risco, as armadilhas seguem sob  monitoramento e servem para indicar os tipos de mosquitos que estão  sobrevoando por aquele local, ampliando as possibilidades de  vigilância e ação dos técnicos da Sesap.

Fumacê – Praia Grande tem reforçado os trabalhos de nebulização com a  máquina pulverizadora acoplada ao carro, conhecido popularmente como  fumacê. Atualmente as ações ocorrem no Bairro Guilhermina, após o  término no Tupi. O local seguinte a receber o serviço depende do  número de casos positivos e da análise de outros dados, que são sempre  avaliados uma semana antes da liberação do carro para determinado  bairro.

Essas atividades ocorrem em cada bairro em torno de quatro a cinco  semanas. A localidade é dividida entre quatro e cinco trechos e, a  cada semana, um trecho diferente recebe o carro fumacê. E para  reforçar a ação, o veículo passa três vezes em cada trecho.

Faça a sua parte – A população também precisa fazer a sua parte na  guerra contra o mosquito Aedes Aegypti, pois mais de 90% dos focos do  mosquito estão nas residências. Veja como:

– Mantenha a caixa d’água bem fechada e coloque uma tela no ladrão da  caixa d’água;

– Remova folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr  pelas calhas;

– Elimine os pratinhos de vasos de plantas ou coloque areia até a  borda do prato;

– Mantenha os ralos telados e limpos jogando sal e cloro;

– Mantenha latas e garrafas com a boca virada para baixo e pneus em  locais cobertos;

– Faça sempre a manutenção de piscinas ou fontes usando os produtos  químicos apropriados.

Outra dica é descartar os pneus velhos e outros itens que acumulam  água em um dos Ecopontos do Município. Os endereços podem ser  consultados na Carta de Serviços, disponível no site  (www.praiagrande.sp.gov.br).

Denúncia – Caso o munícipe queira fazer uma denúncia sobre focos de  dengue, ele poderá entrar em contato com a Ouvidoria SUS (telefones  0800-773-3020 / 3472-9764, e-mail:  atendimentosaude@praiagrande.sp.gov.br ou presencialmente na Rua João  de Souza, s/n°, Mirim, segunda à sexta, das 9h às 16h) para que a  equipe da Saúde Ambiental seja acionada e possa fazer uma vistoria na  casa.

As equipes fazem ainda a soltura de peixes da espécie Lebiste,  conhecido como Barrigudinho, em grandes locais com água parada. Esse  peixe come as larvas e ovos do Aedes Aegypti e de outros mosquitos.

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