Portaria remota em condomínios cresce e é opção para reforço na segurança

Embraps trabalha com um software que mede a eficiência da central da portaria remota

Com foco em garantir a segurança do condomínio, o serviço de portaria remota está aumentando e vem como um complemento ao trabalho do porteiro, responsável pelo fluxo de entrada e saída do prédio. Pesquisa da plataforma SíndicoNet, mostra que de 2018 a 2021, por exemplo, o crescimento da implementação para esse tipo de sistema foi de 86%.

A portaria remota é formada por um conjunto de dispositivos automatizados que monitoram e controlam o acesso ao condomínio. Ela pode ser gerenciada pelos próprios moradores ou ainda por um operador à distância, como é o caso do serviço oferecido pela Embraps, empresa prestadora de serviços terceirizados.

“Esta é uma solução que vínhamos estudando desde antes da pandemia e agora estamos colocando em prática, no ano de celebração dos 25 anos da Embraps. Entendemos que alguns perfis de condomínio, com menos unidades, por exemplo, em algum momento migrarão para a portaria remota por conta do avanço da tecnologia e necessidade de redução de custos. Nosso foco nestes casos é oferecer um serviço de qualidade, com uma instalação robusta promovendo mais segurança para o local e economia”, afirma Rodolfo Quaresma, diretor da Embraps.

De acordo com números da Secretaria de Segurança Pública (SSP), entre janeiro e novembro de 2022, roubo a residências foi o sexto tipo de roubo mais registrado no estado. Com o uso da portaria remota, o monitoramento e controle de acesso é realizado 24 horas por dia, com toda a movimentação registrada.

Quaresma garante, no entanto, que adotar uma portaria remota em condomínios não significa o fim da profissão do porteiro e que em muitos casos podem até trabalhar em conjunto.

“É um produto que atinge diferentes perfis de clientes, ou seja, não é substituto do trabalho do porteiro. Em muitos casos, será até complementar. O trabalho humano segue essencial para o funcionamento dos processos”, comenta Quaresma.

Nos prédios atendidos pela a Embraps com portaria remota, em casos de emergências ou queda de luz, por exemplo, existe o sistema nobreak, que é parte da própria portaria remota e garante seu funcionamento. “Porém, se houver necessidade, nosso porteiro, que é capacitado, assume a portaria até o restabelecimento da portaria remota. Isso dá tranquilidade ao síndico e aos condôminos”, explica o diretor.

Quaresma acredita no crescimento do mercado de portaria remota principalmente para condomínios com menos unidades, nos quais a divisão do condomínio por apartamento fica mais “pesada”. “Com o avanço maior e mais rápido da tecnologia, será possível abranger cada vez mais prédios e com mais qualidade”, diz.

Como funciona
O porteiro remoto acompanha todo o movimento de entrada e saída do prédio por meio das câmeras de segurança. As imagens, junto com ligações efetuadas ao porteiro remoto, ficam gravadas, garantindo assim o registro de toda a movimentação.

Isso vale para moradores ou visitas. No segundo caso, por exemplo, o porteiro remoto atende o visitante enquanto o visualiza pelas câmeras de segurança e avisa o morador de sua chegada. Caso o condômino não esteja em casa, é notificado via celular.

Quaresma explica que a empresa trabalha ainda com um software que mede a eficiência da central da portaria remota, avaliando em quanto tempo é feito o atendimento e as comunicações vindas dos clientes, buscando manter a qualidade e o rápido atendimento.

Um diferencial da empresa é a prestação de serviço híbrido. Por exemplo, um prédio de veraneio, comum na Baixada, pode contar com portaria física e remota durante períodos de maior ocupação (novembro a fevereiro) e somente portaria remota durante períodos de menor movimentação. Quaresma reforça a importância do atendimento personalizado, pois o tipo de serviço vai depender do perfil do condomínio.

“Temos ainda uma ‘caixa inteligente de correio’ para recebimento de compras e encomendas por prestadores de serviço e entregadores, sem que o morador fique sem a encomenda caso não esteja em casa. Outro diferencial é um totem de atendimento, que digitaliza os documentos e tira foto dos prestadores que acessam o condomínio, garantindo assim o registro de todos os acessos”, ressalta Quaresma.

Tecnologia presente
Há 25 anos contando com uma mão de obra física e qualificada, em meio ao avanço da tecnologia e necessidade de materiais adequados, Rodolfo Quaresma conta que a empresa decidiu oferecer soluções mais completas aos clientes. Alguns dos materiais são, por exemplo, câmeras bem instaladas e de boa qualidade, sensores perimetrais, leitores de placa, tags, entre outros.

“Acreditamos que um serviço de qualidade abrange três pontos: mão de obra treinada e capacitada; utilização correta da tecnologia e materiais de apoio e conscientização e cumprimento dos moradores dos procedimentos do local. Os três precisam trabalhar em conjunto para que o resultado apareça”, diz o diretor.

E completa: “Com a mão de obra e uma tecnologia adequada, fica mais fácil para o nosso colaborador trabalhar, oferecermos serviços de qualidade e fazer com que o local tenha processos diversos, inclusive de segurança, mais definidos e respeitados pelos moradores”.

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