Portaria remota cresce e é realidade em 12% dos condomínios no Brasil, segundo pesquisa

Segundo o diretor da Embraps, empresa de serviços terceirizados que adota a tecnologia, isso não significa o fim da profissão do porteiro - e sim, um trabalho em conjunto

Com foco em garantir a segurança do condomínio por meio de equipamentos tecnológicos, o serviço de portaria remota está aumentando e vem como um complemento ao trabalho do porteiro, responsável pelo fluxo de entrada e saída do prédio. De acordo com o mais recente Censo SindicoNet, feito a cada três anos e divulgado em 2021, em um levantamento feito com 5 mil pessoas pelo país, 12% dos gestores de condomínios ouvidos já utilizam portaria virtual ou remota.

A portaria remota é formada por um conjunto de dispositivos automatizados que monitoram e controlam o acesso ao condomínio. Ela é gerenciada por um operador à distância, como é o caso do serviço oferecido pela Embraps, empresa prestadora de serviços terceirizados.

“Entendemos que alguns perfis de condomínio, até cerca de 40 apartamentos e com valor de condomínio alto por unidade, por exemplo, em algum momento migrarão para a portaria remota por conta do avanço da tecnologia e dessa necessidade de redução de custos”, afirma Rodolfo Quaresma, diretor da Embraps.

Com o uso da portaria remota, o monitoramento e controle de acesso são realizados 24 horas por dia, com toda a movimentação registrada. Quaresma garante, no entanto, que adotar uma portaria remota em condomínios não significa o fim da profissão do porteiro e que, em muitos casos, trabalharão em conjunto.

“É um produto que atinge diferentes perfis de clientes, ou seja, não é substituto do trabalho do porteiro ‘físico’. Em muitos casos, será até complementar, os dois modelos trabalhando juntos. O trabalho humano segue essencial para o funcionamento dos processos, e a tecnologia tem que ser utilizada como aliada”, comenta Quaresma.

Nos prédios atendidos pela Embraps com portaria remota, por exemplo, em casos de emergências ou queda de luz, existe o sistema nobreak, que é parte da própria portaria remota e garante o seu funcionamento.

“Porém, em último caso, se houver necessidade, rapidamente nosso porteiro ‘físico’, que é capacitado e treinado dentro de toda nossa operação, assume a portaria até o restabelecimento da portaria remota. Esse é um diferencial que dá tranquilidade ao síndico e aos condôminos”, explica o diretor.

Como funciona

O porteiro remoto acompanha todo movimento de entrada e saída do prédio por meio das câmeras de segurança. As imagens, junto com ligações efetuadas ao porteiro remoto, ficam gravadas, garantindo assim o registro de toda a movimentação. Isso vale para moradores ou visitas.

Em outro caso, por exemplo, o porteiro remoto atende o visitante enquanto o visualiza pelas câmeras de segurança e avisa o morador de sua chegada. Caso o condômino não esteja em casa, é notificado via celular.

Quaresma explica que a Embraps trabalha ainda com um software que mede a eficiência da central da portaria remota, avaliando em quanto tempo é feito o atendimento e as comunicações vindas dos clientes, buscando manter a qualidade e o rápido atendimento: “É outro diferencial que temos e ao encontro do que buscamos: a qualidade e a satisfação do cliente. Temos essa preocupação, pois, a demora no atendimento é o principal ponto de reclamação das pessoas que usam a portaria remota. Se o resultado não for satisfatório ou nosso índice começar a cair, sabemos que precisamos tomar ações internas para retomar a plenitude”.

Outro diferencial da empresa é a prestação de serviço híbrido. Por exemplo, um prédio de veraneio, comum na Baixada, pode contar com portaria física e remota durante períodos de maior ocupação (novembro a fevereiro), e somente portaria remota durante períodos de menor movimentação. Quaresma reforça a importância do atendimento personalizado, pois o tipo de serviço vai depender do perfil do condomínio.

“Temos ainda uma ‘caixa inteligente de correio’ para recebimento de compras e encomendas por prestadores de serviço e entregadores, sem que o morador fique sem a encomenda, caso não esteja em casa. Outro diferencial é o processo de atendimento rigoroso pela central, aliado com um totem de atendimento no local, que exige o cadastro completo do prestador de serviço, corretor, entre outras pessoas, digitalizando seu documento e tirando foto da pessoa. Assim, garantimos o registro de todos os acessos”, ressalta Quaresma.

Ele finaliza ressaltando o tempo de planejamento dedicado até a comercialização do produto pela Embraps: “A portaria remota teve um ‘boom’ a partir de meados de 2018. Porém, nós passamos a comercializar somente em 2023, após analisar o mercado, observando os prós e contras e visando planejar o lançamento de um produto de qualidade. Sabemos as dores dos clientes: demora no atendimento, dificuldade com entregas, sensação de chegar a noite ou de madrugada sem ter um porteiro olhando… e hoje, podemos apresentar solução para todas essas demandas. Foi tudo muito bem pensado e planejado”.

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