Plano de desmatamento ilegal do Brasil vai custar US$ 1 bi, diz Salles

O ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles disse que o plano nacional de combate ao desmatamento ilegal na Amazônia vai custar US$ 1 bilhão, que ele espera receber de nações ricas, como os Estados Unidos, que organizaram a Cúpula de Líderes sobre o Clima. Se o Brasil não receber esse valor, as ações serão feitas com os recursos destinados a esse fim no Orçamento. Salles e o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, participaram nesta quinta-feira da live semanal do presidente Jair Bolsonaro.

Salles disse que, quando o Acordo de Paris foi  assinado, havia uma promessa dos países desenvolvido de pagarem US$ 100 bilhões aos países em desenvolvimento, o que não ocorreu, e que o Brasil tem  7,8 bilhões de toneladas de emissões de carbono evitadas de 2006 a 2017, o que representa um crédito de US$133 bilhões, do qual o país recebeu US$ 1 bilhão.

“Uma parte deste entendimento é o seguinte, quem nos prometeu recursos, nos levou para acordos internacionais, tem que colocar o dinheiro a disposição. A gente agradece aquela oferta do presidente [dos EUA, Joe] Biden de US$ 20 bilhões no ano passado, e estamos apresentando um plano que é de US$ 1 bilhão. Diante de todos esses créditos, nós queremos US$ 1 bilhão [para o projeto contra o desmatamento]. Agora se esse bilhão não vier nós vamos fazer tudo que a gente precisa fazer com nossos próprios recursos. O presidente determinou que se dobrasse justamente o recurso para fiscalização ambiental”, disse o ministro.

Salles salientou que é preciso reconhecer que Bolsonaro, em sua participação na cúpula, fez um gesto, uma promessa e um compromisso muito sério e ambicioso e imediatamente o plano de redução do desmatamento ilegal foi apresentado.

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