Na abertura do mês da mulher, Governo Federal sinaliza projeto para reforçar equidade salarial

Evento reuniu ministras da atual gestão, a primeira-dama, Janja Lula, e as presidentes do Banco do Brasil e da CAIXA no Palácio do Planalto

Com a intenção de marcar o posicionamento do Governo Federal na ampliação de espaços de poder feminino e de dar início às atividades referentes ao Mês Internacional da Mulher, a primeira-dama, Janja Lula, e a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, reuniram ministras do Governo Federal e as presidentes do Banco do Brasil e da CAIXA em um evento no Palácio do Planalto nesta quarta, (1).

O primeiro escalão do Governo Federal conta com o maior número de representantes mulheres na história da República. São 11 ministras, além das presidentes dos dois bancos estatais mais importantes.  “Quando olho este dispositivo cheio de mulheres, fico muito feliz. A gente sabe o quanto é difícil ocuparmos espaços de decisão e poder, principalmente na política”, disse Janja.  Em 8 de março, Dia Internacional da Mulher, está previsto um anúncio interministerial com as principais ações do Governo Federal voltadas para as mulheres.

A ministra Cida Gonçalves destacou que, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estão sendo reunidos esforços para aumentar a representatividade feminina em várias frentes. “Estamos traçando um caminho para que possamos, de fato, ter mais mulheres em espaços de poder. Estamos construindo um novo país e fortalecendo a democracia. Só existe democracia se tiver mulheres, se tiver respeito às mulheres, como esse Governo tem”, pontuou.

EQUIDADE SALARIAL – A ministra do Planejamento, Simone Tebet, antecipou que o Governo Federal vai enviar um Projeto de Lei para o Congresso Nacional para abordar a garantia de equidade salarial entre homens e mulheres.  “A lei é o primeiro passo, mas sabemos que a discriminação é cultural, é estrutural, e depois, a médio prazo, par e passo com políticas públicas e divulgação através da mídia, conseguiremos alcançar essa igualdade, que é a base para a igualdade de direitos”, disse.

Tebet defendeu ainda uma multa maior para empresas que não cumprirem a regra. “A multa hoje é tão pequena que o empregador faz uma conta simples: ‘Vou pagar um salário menor para a mulher porque, ainda que eu seja penalizado e condenado na Justiça, o valor da multa é infinitamente menor’. Temos que mudar essa lei da reforma trabalhista para colocar uma multa maior para não valer a pena tratar de forma desigual homens e mulheres” disse a ministra.

FEMINICÍDIO – Em seu discurso, Janja também ressaltou a importância de combater a violência contra as mulheres e os altos índices de feminicídio. “Vou com todas as minhas forças trabalhar com o Ministério das Mulheres e com a sociedade civil para que a gente não precise mais ter que mandar mensagem de força para uma mulher que foi baleada pelo seu companheiro. O presidente Lula falou bastante disse na campanha e tem falado sobre isso. Chegar ao índice zero de feminicídio é uma obsessão do presidente Lula, assim como acabar com a fome”, completou.

REPRESENTATIVIDADE – A presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, destacou ser a primeira a assumir o posto em 214 anos. “É uma quebra de paradigma diário. Um exemplo forte vem quando isso acontece e isso não ficaria só no simbolismo da nomeação. Quando uma mulher vem ela traz outras. Já na composição do novo conselho diretor temos três mulheres vice-presidentes”.

Primeira mulher chefe da pasta da Saúde, Nísia Trindade pontuou a importância das mulheres no Sistema Único de Saúde. “É uma honra ser a primeira mulher ministra da Saúde em 70 anos de história, depois de ter sido a primeira mulher a presidir um instituto de pesquisa, a Fiocruz, com quase 120 anos de história e a maioria de mulheres. Também no SUS, hoje, em todas as categorias as mulheres são maioria. São 2 milhões e 120 mil mulheres”.

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