Infidelidade financeira é perigo iminente para casamentos e dinheiro unificado é caminho para sucesso de casais

Para Resende Neto, a vida financeira conjunta, fortalecida pelo casal que deve ser companheirono compartilhamento das informações contribui e é o que vai determinar o sucesso integral do relacionamento /Créditos: Arquivo Pessoal

“Omissão é uma categoria de mentira, portanto não contar algo que deveria ser contado é trazer a mentira para o casamento e a verdade gera confiança e a confiança é a base da relação”. Essa é uma das frases que Resende Neto usa para falar sobre a vida financeira em casal, trabalho conjunto e superação de adversidades com o dinheiro na vida a dois.

O especialista em educação financeira  aborda a temática também na vida de casais, auxiliando a superarem momentos de crise com princípios firmados na fé. A infidelidade financeira é, atualmente, um dos principais motivos de crises nos casamentos, levando marido e mulher a colapsos emocionais e financeiros, segundo o especialista.

Segundo pesquisa Estatística do Registro Civil, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2021, o Brasil teve um total de 386,8 mil divórcios concedidos em 1ª instância ou realizados por escrituras extrajudiciais, 16,8% a mais que em 2020.

Com esse crescimento, a taxa geral de divórcios no país (que é o número de superações para cada mil pessoas de 20 anos ou mais) subiu de 2,15‰ para 2,49‰. O número, no entanto, pode ser maior, segundo o instituto.

Esses divórcios ocorrem por razões distintas, sem a possibilidade de se definir exatamente o que o determinou, mas para o especialista Resende Neto, o “começo do fim” em um casamento se dá a partir do momento em que as informações sobre a vida financeira de ambos deixam de ser compartilhadas.

“Nessa conta da infidelidade financeira, entra os gastos supérfluos, cartões que a pessoa possui e não conta ao cônjuge, assim como dinheiro guardado, investimentos e até mesmo dívidas, falta de compartilhamento de senhas e informações financeiras em geral. Muitas vezes você vai ver um dos cônjuges tranquilo e com tudo em ordem e o outro sem dormir com problemas financeiros e enfrentando sozinho”, destacou.

Isso piora, segundo Resende, quando casais optam por ter vidas financeiras separadas. “Se nós estamos falando de fortalecer a vida do casal seguindo os princípios cristãos, que é o que pregamos, então esse tipo de dinâmica no casamento pode até funcionar quando ambos estiverem bem. Mas como pode durar em longo prazo se eu não sei quando meu parceiro precisa de ajuda ou que posso contar com ele em um período de adversidade da minha parte?”, disse.

Ainda sobre divórcios, de acordo com o IBGE, houve uma redução no tempo médio entre a data do casamento e a data da sentença ou escritura do divórcio nos últimos anos. Em 2010, esse tempo era de 15,9 anos. Já em 2021, o tempo médio foi de 13,6 anos.

Para Resende Neto, a vida financeira conjunta, fortalecida pelo casal que deve ser companheiro no compartilhamento das informações vai contribuir muito para o sucesso no relacionamento conjugal.

“É maravilhoso ter como sócio nos negócios alguém que já é seu sócio na vida. Se em algum momento a dinâmica de sociedade trabalhista deixar de funcionar, nós definimos que é melhor vender a empresa, encerrar a sociedade e continuar obtendo sucesso dentro de casa. Nenhum sucesso fora compensa o fracasso dentro do lar, no casamento”, reforçou

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