Gripe aviária: Aves encontradas em Santos ficarão em quarentena por precaução

Em razão dos 31 casos de gripe aviária (H5N1) confirmados no Brasil até a segunda-feira (12), a Secretaria de Meio Ambiente (Semam) de Santos determinou que os parques Aquário, Orquidário e Jardim Botânico Chico Mendes não receberão mais aves encaminhadas pela Guarda Civil Municipal (GCM) e Polícia Militar Ambiental por um prazo de 180 dias — os animais ficarão em quarentena na unidade da Coordenadoria de Defesa da Vida Animal (Codevida) do Bom Retiro.

O objetivo da medida é resguardar os animais abrigados nos parques e zoológicos do País, seguindo uma deliberação dos governos Federal e Estadual sobre o assunto.

A decisão foi tomada durante reunião realizada na segunda-feira. Participaram biólogos e médicos veterinários da Semam e representantes das secretarias municipais de Segurança Pública e de Saúde, da Polícia Militar Ambiental e da Defesa Agropecuária, órgão da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo.

 QUARENTENA

A Semam criou, na unidade da Codevida situada no Bom Retiro, uma área específica, isolada, para eventuais chegadas de animais por parte da Polícia Militar Ambiental. Durante esse período (180 dias) não serão realizados atendimentos no local — os serviços serão concentrados no endereço da Codevida no Jabaquara.

“Apesar de não termos nenhum caso, estamos antecipando protocolos de prevenção e medidas. Santos possui grande área de Mata Atlântica e diversificada fauna marinha. Nossos parques também funcionam como hospitais veterinários e não podemos colocar os animais abrigados em risco”, diz o secretário municipal de Meio Ambiente, Marcos Libório. “A ideia é salvar as vidas possíveis”.

COM SINTOMAS

Caso um animal seja encontrado com os sintomas da doença (veja abaixo), ele será eutanasiado e terá amostras recolhidas. Os procedimentos ficarão a cargo da Defesa Agropecuária.

Nesse caso, o Centro de Controle de Zoonoses e Vetores da Secretaria de Saúde terá a responsabilidade de realizar a armazenagem das carcaças até sua incineração. “Temos um espaço preparado para isso”, diz o veterinário Alexandre Nunes, chefe da seção. “As medidas estão sendo tomadas como estratégia de resguardo, sem necessidade de alarme da população”.

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