Greve parcial nos micro-ônibus‘seletivos’ em Santos a partir de segunda-feira

A partir das 6 horas de segunda-feira (13), os 28 micro-ônibus ‘seletivos’ de Santos estarão parcialmente paralisados por causa de atrasos de duas cestas-básicas, um tíquete-refeição e salários de férias de maio.

Das 6 às 9 e das 17 às 20 horas, a greve atingirá 70% da frota. Nos demais horários, deixará de circular metade dos veículos, conforme determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP).

A greve foi confirmada em assembleia no final da tarde deste sábado (11), no sindicato dos trabalhadores em transportes rodoviários. Ela já havia sido aprovada em outra assembleia, na segunda-feira (6).

Naquela oportunidade, os trabalhadores reclamavam do vale-refeição atrasado desde 25 de abril. E da cesta-básica, desde o quinto dia útil daquele mês.

Naquela assembleia, não havia previsão de pagamento da cesta que venceria na terça-feira (7), o que não aconteceu. Os salários, por outro lado, foram pagos entre terça e sexta-feira (10).

Agora, a empresa Guaiúba, do grupo Sobral, deve duas cestas, um tíquete-refeição, pagamento antecipado das férias de maio, depósitos do fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS) e do plano de saúde.

Empresa promete:Pagar até o dia 30.

O vice-presidente do sindicato, José Alberto Torres Simões ‘Betinho’, revelou, na assembleia deste sábado, que a empresa comprometeu-se a pagar tudo até 30 de maio.

Mesmo assim, baseada na decisão da assembleia de segunda-feira, a Guaiuba requereu liminar à Justiça do Trabalho para evitar a greve. E foi atendida parcialmente.

Em despacho na sexta-feira, o desembargador Carlos Roberto Husek, do TRT, determinou o percentual de veículos que devem circular, apesar de ter reconhecido a legalidade da greve.

A decisão judicial determina que se o sindicato ou a empresa desrespeitarem o percentual, haverá multa de R$ 10 mil por dia. Durante a semana, houve várias conversas entre o sindicato e a empresa.

“O pessoal está cansado dessa situação, que se repete com frequência ao longo de ano”, explica Beto. “Por causa dos atrasos, os trabalhadores acumulam dívidas e pagam altos juros bancários”.

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