É possível emagrecer por meio de procedimentos não invasivos? Especialistas afirmam que sim

Médicas associadas à Sociedade Brasileira de Medicina da Obesidade (SBEMO) citam procedimentos de emagrecimento não-cirúrgicos de rápida recuperação que são alternativa à bariátrica

A obesidade é uma doença que atinge 6,7 milhões de brasileiros, segundo levantamento do Ministério da Saúde. Ela surge por conta de uma série de fatores, como estilos de vida não saudáveis e problemas emocionais.

Em casos mais indicados, os pacientes recorrem à cirurgia bariátrica, que reduz a forma do estômago e sua capacidade de receber alimentos e possui procedimentos diferentes.

Existem, no entanto, algumas alternativas não invasivas à cirurgia bariátrica. Uma delas é a gastroplastia endoscópica, procedimento indicado para pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 30 kg/m², ou seja, com obesidade grau I.

“Este procedimento é como uma cirurgia bariátrica, porém sem cortes, menos invasivo e sem necessidade de internação hospitalar – ou seja, o paciente recebe alta no mesmo dia,  tem uma recuperação rápida e logo pode voltar às atividades habituais”, explica a médica endoscopista Drª Carolina Manna Santos, membro da Sociedade Brasileira de Medicina da Obesidade (SBEMO) e sócia no Instituto de Emagrecimento de Santos (IES).

Outro exemplo é o balão intragástrico, que é inserido no estômago através de um procedimento endoscópico. Esse balão ocupa cerca de 60% do volume do estômago do paciente, proporcionando uma sensação de saciedade. O tratamento tem duração de seis meses a um ano e requer o acompanhamento constante de uma equipe médica, assim como qualquer procedimento de emagrecimento.

Em casos de pacientes que fizeram a bariátrica e voltaram a ganhar peso, existe um método chamado TORe (Transoral Gastric Outlet Reduction). Feito por endoscopia, associado ao plasma de argônio, ele queima a boca da costura do estômago, além de costurar o que restou do órgão, reduzindo ainda mais o que sobrou da cirurgia.

Em todos os casos, a Draª Tassia Denobile Serra, médica endoscopista, membro da Sociedade Brasileira de Medicina da Obesidade (SBEMO) e sócia no Instituto de Emagrecimento de Santos (IES), diz que o paciente precisa seguir uma dieta específica e acompanhamento da equipe interdisciplinar.

“O paciente deve entender que pequenas perdas e ganhos de peso são comuns após qualquer procedimento ou intervenção cirúrgica. O que vai determinar uma estabilidade, assim como qualidade de vida maior, é entender a importância da mudança nos hábitos de vida”, reforça a médica.

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