Convirá escrever sobre a posse do prefeito Bruno Covas nesta sexta-feira, 1º de janeiro. Afinal, ele é prefeito de São Paulo, que dizem ser uma das maiores cidades do mundo, o que de fato é. E uma das piores também. Bruno fez um discurso repleto de boas intenções. E indiretamente, sem citar nome de ninguém, criticou timidamente a política negativista do presidente Jair Bolsonaro. Só timidamente. Há momentos em que nada tem de ser timidamente e é preciso dar nome a quem está se criticando. Foi um discurso cordial demais para este momento que vive o país.
As palavras civilizadas são necessárias, mas, em muitos casos, depende da circunstância. Covas deu ênfase ao combate à Covid-19, que cresce cada vez mais em São Paulo. E cresce também no país inteiro já que a política federal para o coronavírus é para isso mesmo: desacreditar tudo, como se tudo fosse uma grande mentira global, incluindo as mortes, que são milhares. No que nos diz respeito, o Brasil já conta mais de 195 mil.
O prefeito afirmou textualmente “que o negativismo está com os dias contados na cidade e que o vírus do ódio e da intolerância também precisa ser banido da sociedade”.
Está certo o prefeito. Mas falar é uma coisa e trabalhar pela ideia é outra. Seja como for, o prefeito Bruno Covas disse estar confiante no futuro, em dias melhores para todos os brasileiros que vivem em São Paulo. Afirmou que vai retomar o crescimento do emprego na cidade que, para ele, é a forma mais correta de enfrentar as desigualdades. Uma coisa é certa: Bruno Covas não quer ouvir falar em negativismo que vem alterando o comportamento das pessoas em relação a quase tudo. Chega disso. Cansou.
O negativismo pregado especialmente do Palácio do Planalto, em Brasília, contraria a própria vida. Vejam, por exemplo, o que acontece em relação à pandemia. O negativismo trata da doença com absoluto desdém. O prefeito quer que prevaleça o diálogo, a conversa, a construção coletiva. Disse que no caso da pandemia o inimigo é um só: o vírus. O momento exige união.
Faça um comentário