Dia Mundial do Combate ao Estresse: ginecologista explica como o desequilíbrio hormonal pode prejudicar a saúde feminina

Segundo a Dra. Fernanda Nassar, o descontrole do cortisol gera problemas de saúde que impactam diretamente a qualidade de vida e o bem-estar feminino

O Dia Mundial do Combate ao Estresse é comemorado na próxima segunda-feira (23), e a data foi criada para conscientizar a população sobre o tema. Embora seja considerado uma reação natural do organismo, o estresse pode desencadear problemas de saúde para as mulheres, como ansiedade, depressão, irregularidades no ciclo menstrual, alterações hormonais, entre outros.

Segundo o relatório “Women at Work” realizado este ano pela empresa Deloitte, que entrevistou mais de 5 mil  mulheres em dez países, incluindo o Brasil, a metade das entrevistadas avaliaram seu nível de estresse mais alto do que no ano passado e um dos principais fatores são as longas jornadas de trabalho que impactam a qualidade de vida.

Já no cenário nacional, a pesquisa mostra que, dentre as principais preocupações das brasileiras, estão a insegurança pessoal e financeira, os desafios menstruais e ainda questões que envolvem a fertilidade.

Dra. Fernanda Nassar, ginecologista e obstetra, especialista em cirurgia íntima a laser explica como o estresse causa condições graves para a saúde da mulher.“O cortisol, conhecido como o hormônio do estresse, é essencial para funções corporais como a regulação da pressão arterial, humor e níveis de energia. No entanto, o estresse elevado pode causar desequilíbrios nos níveis de cortisol, resultando em problemas de saúde mental, como ansiedade,  depressão e burnout, além de complicações físicas, como candidías, aumento na glândula tireoide e até alterações do PH íntimo. Isso afeta negativamente a qualidade de vida e o bem-estar feminino.”, explica Fernanda.

Alguns  fatores estão associados ao estresse entre as mulheres, desde as longas jornadas de trabalho, ao acúmulo de tarefas domésticas e às pressões sociais. Por isso, é necessário fazer uma autoavaliação. Sinais frequentes de enxaqueca, desconfortos abdominais, insônia, ausência de apetite, perda ou ganho de peso repentinos, surgimento de acne, quedas de cabelo, baixa libido e indisposição são alertas que o corpo não está funcionando de maneira saudável.

Para melhorar a qualidade de vida e a sensação de bem-estar, a especialista indica a prática de hábitos saudáveis. “Apesar de ser uma sensação corriqueira, o estresse deve ser evitado. Técnicas de respiração profunda e meditação são maneiras simples e eficazes de lidar com momentos desafiadores, mantendo os níveis do cortisol controlados. Além disso, é importante ter hábitos saudáveis, como praticar atividades físicas regularmente, realizar exames de rotina pelo menos uma vez ao ano, dispor de noites de sono tranquilas e cuidar da alimentação”, conclui. 

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