Pessoas que sofrem de fibromialgia e praticam a Dança Reabilitação restauram a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida. É o que afirma a fisioterapeuta especialista em reabilitação, Dra. Andréia Salvador, que também é professora e coordenadora na Faculdade Peruíbe, na cidade de Peruíbe, na Baixada Santista, litoral sul do estado de São Paulo.
Doutora em reumatologia pela UNIFESP e atendendo mulheres com fibromialgia e dores crônicas há mais de 17 anos, a especialista criou um método inovador para uma resposta mais eficaz no tratamento da fibromialgia: a Dança Reabilitação.
A fibromialgia é uma dor crônica generalizada, com duração superior a três meses cuja causa ainda é investigada. Não tem cura. É desencadeada por estresse e traumas físicos ou psicológicos, geralmente em pessoas com pré-disposição genética, ou seja, que já tenham histórico na família, mesmo que não diagnosticada. É mais frequente em mulheres, na faixa de 30 a 50 anos de idade. O diagnóstico é clínico, feito por um reumatologista a partir do relato e do histórico do paciente, pois não existem exames para detectar a fibromialgia, e o tratamento é a base de medicamentos que controlam a dor, atividade física e controle das emoções. A fibromialgia não tem cura.
A Dra. Andréia explica que pacientes com fibromialgia têm maior sensibilidade à dor e a resposta medicamentosa é lenta e traz apenas 30% de melhora em grande parte das pacientes, tendo uma reposição lenta dos hormônios do “bem-estar”. A Dança Reabilitação por sua vez ativa a produção natural desse hormônio chamado serotonina, o que se torna uma excelente aliada no tratamento das dores crônicas.
“A paciente com fibromialgia encontra-se em um ciclo vicioso da dor. A pessoa sente dor, não dorme direito, acorda cansada, o cansaço aumenta as dores e a irritabilidade, tudo incomoda, tudo irrita, a pessoa se sente culpada por não conseguir fazer as coisas. Então, a Dança Reabilitação por ser uma atividade física e fisioterapia junto, trabalha com o corpo de forma leve e prazerosa e a pessoa sente vontade de fazer o exercício. A gente trabalha respiração, corpo e mente. A serotonina volta a ser produzida naturalmente, assim como a adrenalina, a ocitocina e a endorfina, que são os hormônios do ‘bem-estar’”, afirma a Dra. Andréia Salvador.
“Com a prática dos exercícios, os hormônios passam a ser produzidos de maneira natural e constante, o que melhora o sono, elimina a sensação de cansaço, elimina a rigidez do corpo e solta a musculatura. A paciente desenvolve uma consciência postural, ou seja, a pessoa corrige gestos que fazia errado, passa a fazer da maneira correta. Além de tudo isso, volta a sorrir. A pessoa sai do ciclo vicioso para entrar no ciclo virtuoso”, explica.
“A Dança Reabilitação não tem impacto articular realizarmos movimentos suaves, podendo ser realizados sentado ou em pé. No final da aula, realizamos uma desintoxicação dos metabólitos que são produzidos pelo corpo durante o exercício, com essa limpeza, a chance de a pessoa sentir dor no dia seguinte ou desistir é muito menor. Melhora diária e gradativa. Esse é um dos fatores do sucesso do tratamento com a Dança Reabilitação”, afirma a Dra. Andréia.
A Dra. Andréia ressalta que a grande adesão ao seu método se deve ao fato de suas alunas não encararem a Dança Reabilitação como um tratamento, mas como uma atividade prazerosa e divertida que traz benefícios à saúde. “Elas preferem ser chamadas de alunas. Ninguém quer ser vista como paciente”, comenta.
Após o início da pandemia, a Dra. Andréia Salvador passou a oferecer as atividades de Dança Reabilitação também online, alcançando mulheres de todos os locais, até do exterior.
“Corpo Falante”
A Dra. Andréia Salvador também desenvolve o projeto voluntário “Corpo Falante”, ao ar livre, na cidade de Peruíbe, onde reside atualmente.
“O objetivo é incentivar a atividade física de maneira lúdica, divertida e prazerosa. As aulas do projeto são gratuitas”, afirma.
Redes sociais
A Dra. Andréia Salvador promove a “Ginástica Terapêutica” às quartas-feiras, às 8h30, em seu Instagram @fibromialgiadanca.
Para mais informações sobre o seu trabalho, acesse também o seu Facebook @draandreiasalvador.
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