
Uma caixa eletrônica com imagem em preto e branco, vitrola e grandes aparelhos de som e de TV antigos, lambe-lambe e nenhum celular para dar selfies. Com um acervo de mais de 200 objetos, o Museu da Imagem e do Som de Santos (MISS) foi a atração, na noite desta quinta-feira (19), para as crianças da creche noturna Casa Vó Benedita, participantes do projeto Memórias em Rede, do Instituto Devir Educom. A atividade marcou o encerramento do ano letivo da iniciativa que leva o jornalismo cidadão de forma lúdica para a garotada, contribuindo, em espaços de comunicação e expressão, com o desenvolvimento cognitivo e socioemocional por meio da Educomunicação.
O tour por esta relíquia cultural de Santos começou pela sala de projeção Chico Botelho, onde as crianças, na função de repórteres-mirins, entrevistaram o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Filipe Rezende. Elas perguntaram tudo sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), não deixando escapar nem as curiosidades da vida pessoal do entrevistado. A ‘coletiva de imprensa’ integrou a temática sobre os direitos das crianças que vem sendo trabalhada desde o início do semestre nas práticas pedagógicas do projeto Memórias em Rede com a turma.
‘Criança tem direito de brincar?’, ‘Qual o direito da criança na escola?’ e ‘Criança pode trabalhar?’ estiveram entre os questionamentos dos pequenos repórteres. Rezende pontuou os direitos, explicou questões e ressaltou os deveres: “Criança é considerada do zero aos 12 anos e nesta fase precisa crescer e se desenvolver, brincar e estudar. Há deveres como o respeito com a família, a professora. Já no caso do adolescente, há projetos de socioaprendizagem, onde ele pode ser inserido no mercado de trabalho, mas com regras. Criança não pode trabalhar”.
Ao final da coletiva, as crianças se confraternizaram no espaço cultural e fizeram um tour monitorado pelos espaços do Miss, cujo acervo está em consonância com as rodas de conversa do projeto com a turma no que se refere à evolução dos meios de comunicação. O museu foi inaugurado em 1996 para registrar, preservar e restaurar materiais artísticos, históricos, sociológicos e culturais da cidade. Os visitantes encontram peças raras de áudio e vídeo, além de um estúdio de gravação digital.
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