Existem várias formas de adquirir um imóvel e, uma das que sai mais em conta é comprá-lo na planta usando o crédito associativo. Esse é um benefício tanto para o comprador que recebe FGTS (trabalhadores registrados sob regime CLT, funcionários públicos, entre outros) quanto para a entidade organizadora responsável pela obra (construtora ou incorporadora).
O crédito associativo é uma modalidade de financiamento de imóveis no qual é o banco quem realiza o pagamento de acordo com a evolução da obra, em parcelas. Oferecem essa modalidade apenas instituições públicas, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. No entanto, o contrato de financiamento só pode ser assinado quando houver um número mínimo de compradores. Apesar das facilidades, o crédito associativo ainda é pouco utilizado na compra de imóveis na Baixada Santista.
Essa modalidade é trabalhada na imobiliária Local Santos Imóveis, que atua em Santos. A empresa já vendeu quatro empreendimentos através do crédito associativo da Caixa e lança, em 2023, uma nova unidade, em uma travessa da Avenida Afonso Pena com a Rua João Alfredo.
O proprietário da Local Santos Imóveis, Roberto Malavasi, explica que a construtora Engeplus se associou à Caixa Econômica e criou a construtora Engelife, responsável pela obra. “Além da proximidade de comércios, transporte público, escolas e postos de saúde, o comprador pode ter a garantia de que vai colocar seu dinheiro em uma obra segura, financiada pela Caixa, com condições de pagar uma parcela mínima até a entrega das chaves”, diz.
O empresário argumenta que, além da Caixa Econômica financiar a obra, a incorporadora e o cliente final, o comprador tem maior facilidade para pagar a obra pois se torna “associado” ao investimento – portanto, taxas de escritura e Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) são reduzidas pois entram no programa do crédito associativo.
Uso do FGTS
“Uma das grandes vantagens desse tipo de crédito é que, por ser vinculado à Caixa Econômica, possibilita ao comprador pagar a entrada com o Fundo de Garantia (FGTS)”, aponta Roberto Malavasi.
Para utilizar o FGTS como entrada no financiamento, no entanto, existem algumas regras. Por exemplo:
- O cliente pode ter um imóvel já em seu nome, desde que este imóvel não esteja localizado na cidade do empreendimento que está adquirindo. Desta forma, ele pode utilizar o FGTS;
- Ele tem que residir na cidade do empreendimento que quer comprar. “Não adianta um cliente morar em São Paulo e querer utilizar o FGTS para comprar um apartamento em Santos”, exemplifica Malavasi;
- É possível utilizar o FGTS tanto como “sinal” quanto durante o período de obras. A Caixa faz o fluxo de pagamento com o FGTS até a entrega das chaves, o que é um diferencial;
- Antigamente, a Caixa não financiava mais de um imóvel para a mesma pessoa. Essa regra mudou. Caso o cliente tenha um financiamento vigente com o banco na cidade e tenha condições de financiar um outro imóvel, não terá nenhum tipo de bloqueio.
“Às vezes o FGTS fica guardado em caixa rendendo juros pequenos e nunca é utilizado. Os clientes que têm FGTS devem aproveitá-lo, pois é um dinheiro que podem usar para investir em um empreendimento novo e começar a vida própria ou ao lado da família”, aconselha.
Além de ser uma opção mais em conta para o comprador, o crédito associativo é benéfico, também, para a entidade organizadora responsável pela obra. Isso porque, como é o banco que arca com o pagamento durante o período de construção do empreendimento, não há risco de interrupção da obra por falta de pagamento.
“Vale lembrar que isso tudo é antes da entrega das chaves do imóvel. Assim que a obra acaba, as amortizações do financiamento ficam sob responsabilidade do comprador”, aponta Malavasi.
Benefícios da compra do imóvel na planta
O proprietário da Local Santos Imóveis ressalta uma das maiores vantagens da compra de imóveis na planta: o planejamento.
“O planejamento familiar é muito importante. Às vezes o cliente é assalariado, ou é um empresário e mora num bom apartamento, mas gostaria de ir pra um apartamento novo. Ele consegue planejar, dar um sinal, pagar as parcelas diretamente para a construtora com juros muito menores do que o normal, pois está pagando diretamente à construtora. Com esse planejamento, ele pode até se programar para vender o imóvel que ele mora”, diz.
Segundo Roberto Malavasi, o imóvel na planta também é uma boa opção para quem quer vender o imóvel e comprar um novo: “Você está pagando o imóvel, já adquiriu e pode programar, vamos dizer seis meses, um ano antes, daquele imóvel ficar pronto”, explica.
Outro benefício, cita, é adquirir um imóvel com estrutura moderna, espaços otimizados e infraestrutura de lazer dentro do espaço do próprio prédio, a um preço acessível. Assim como, também, a possibilidade de uma personalização prévia durante a construção.
“O cliente é capaz de conversar com a construtora e desenvolver um projeto de acordo com a necessidade dele. Às vezes, o quarto pode ser muito pequeno e ele quer juntar com um outro, fazer um closet ou ampliar uma sala com a varanda, tudo para que a casa se adapte ao seu gosto e dia-a-dia”, finaliza o empresário.
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