Bertioga está sem transporte coletivo

A população de Bertioga, litoral norte paulista, está sem transporte coletivo municipal, há quase um mês, por dois motivos. Primeiro, os ônibus, sem manutenção, não têm condições de circular. Segundo, os motoristas e demais trabalhadores estão em greve.

As pessoas se viram como podem, em seus carros, motos, bicicletas, charretes. Com isso, o transporte clandestino vem ganhando espaço na cidade, colocando-se como única alternativa para a população, o que deixa a prefeitura em situação de vulnerabilidade jurídica.

Os 160 funcionários para operar 22 ônibus urbanos e 29 escolares estão sem salários, sem direitos coletivos como vale-refeição, cesta-básica, férias, depósitos de INSS e FGTS, com suas famílias passando extremas necessidades.

Até o plano de saúde poderá ser cortado. Segundo vários deles, nem mesmo os dez veículos que a prefeitura incumbiu de circular durante a pandemia do novo  coronavírus  estão em condições de segurança por falta de manutenção. Muitos usuários dizem que o sistema de

transporte está um caos.

Esta é a sétima greve dos trabalhadores apenas em 2020, sem contar as diversas ocorridas em anos anteriores pelos mesmos motivos. A situação agravou-se porque a prefeitura suspendeu o contrato do transporte escolar, já que as aulas estão suspensas.

A Viação Bertioga já perdeu várias ações na justiça do trabalho e os empregados estão preocupados com o pagamento das dívidas trabalhistas. Muitos estão até sem comida e produtos de higiene em casa. O sindicato dos rodoviários presta assistência à categoria.

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