420 crianças e adolescentes participam de oficinas gratuitas de circo em ação da Cia Tribus

Atividades fazem parte do projeto “Equilibrando: do picadeiro à periferia”

Na última semana, 420 crianças e adolescentes da Baixada Santista tiveram oportunidade de vivenciar o mundo do circo e experimentar atividades como malabares e acrobacias. Elas participaram de oficinas de artes circenses promovidas pelo projeto “Equilibrando, do Picadeiro à Periferia”, realizado pela companhia de artes Tribus. Selecionado em primeiro lugar pelo Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo (ProAC), na categoria de fomento cultural para periferias, o projeto contempla quatro cidades da região: Praia Grande, São Vicente, Peruíbe e  Itanhaém. O foco é a experimentação e difusão da arte circense, além do estímulo à criatividade, à inclusão e ao protagonismo dos participantes.

Além das quatro ações da última semana, a iniciativa prevê a realização de mais  12 eventos ao longo de 2025, em institutos sociais (ONGs, Associações, Fundações) e escolas públicas localizadas em áreas de periferia das quatro cidades. As ações incluem oficinas de acrobacia aérea, equilíbrio de objetos, acrobacia de solo e confecção de equipamentos de malabares utilizando materiais recicláveis. Ao final das oficinas, é realizada uma apresentação artística com diversos números de circo envolvendo artistas com diferentes experiências e nacionalidades. O evento também conta com uma roda de conversa sobre o  universo circense, formação profissional e desafios da carreira artística.

De acordo com a Cia Tribus, a proposta vai além de levar o circo às comunidades: ela busca envolver os jovens e crianças na arte, promovendo transformação social, autoestima e novas possibilidades de futuro. “Não é o mesmo que estar num circo assistindo um espetáculo. Ao entrar na pele do artista, vivendo cada atividade, a criança ou adolescente valoriza muito mais a arte circense”, destaca Guga Rolim, produtor do projeto. “Além disso, esse tipo de oficina é uma experiência diferente, algo incomum nas ONGs e nos projetos sociais, ao contrário de atividades como dança, música e artes marciais, que costumam ser oferecidas com bastante frequência. Queremos contribuir para popularizar a arte circense!”.

Victor Moreira, de 13 anos, fez as oficinas de confecção de equipamentos de circo, como claves, bolas de malabares e swings de fitas. “Está sendo muito legal aprender mais sobre o mundo do circo. Esse projeto pode até nos ajudar a descobrir um talento e, quem sabe, vir a trabalhar futuramente nessa área, viajar com o circo e conhecer o mundo!”, destacou.

Bianca Lima, de 14 anos, fez as oficinas de acrobacias aérea e de solo. Para ela, foi uma experiência única. “As pessoas costumam ser apenas espectadoras desse tipo de atividade. Mas aqui, estamos tendo a oportunidade de vivenciar o circo e está sendo surreal! Temos que aproveitar esse momento!”.

Vale destacar que o projeto também garante a participação de pessoas com deficiências. “As atividades são pensadas para serem acessíveis e inclusivas, com suporte de monitores especializados, intérpretes de LIBRAS e equipamentos ajustáveis, garantindo a participação de todos” explica Rolim.

Agenda – O segundo bloco de oficinas ocorrerá nos dias 29 e 30 de junho, 1 e 2 de julho. Mais informações sobre locais e horários pelo instagram da Cia Tribus de Artes.

Tribus – A escolha das áreas periféricas está alinhada com o trabalho que a Companhia de Artes Tribus realiza há mais de uma década na região. O projeto reafirma o compromisso da Cia Tribus de usar a arte como ferramenta de inclusão e educação, promovendo o acesso às expressões culturais em áreas onde a vulnerabilidade social é mais presente.

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