Operação Escudo na Baixada Santista tem 10 prisões

Suspeito de matar soldado da Rota no Guarujá está entre os detidos

A Operação Escudo para repressão ao tráfico de drogas e ao crime organizado na Baixada Santista registrou dez prisões neste final de semana, de acordo com balanço apresentado pelo Governo de São Paulo na manhã desta segunda-feira. A prisão do suspeito de matar o soldado PM Patrick Bastos Reis, das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), na última quinta-feira (27), também foi confirmada.

“A gente está enfrentando o tráfico de drogas e o crime organizado e temos que ter consciência disso”, declarou Tarcísio de Freitas. Em relação às oito mortes em confronto registradas durante a ação, o governador ressaltou que as forças de segurança atuam para prender os criminosos e o enfrentamento é resultado da ação dos bandidos e não dos policiais.

“A polícia quer evitar o confronto de toda forma. Ninguém quer o confronto. Agora, nós temos uma polícia treinada e que segue à risca regras de engajamento. A partir do momento que a polícia é hostilizada e a autoridade policial não é respeitada, infelizmente há o confronto. A gente não quer o confronto, não deseja o confronto de jeito nenhum. Tanto é que nós tivemos dez prisões”, afirmou o governador em entrevista coletiva.

A entrevista também reuniu o secretário estadual da Segurança Pública, Guilherme Derrite, o delegado geral da Polícia Civil, Artur Dian, e o comandante geral da PM, Cássio Araújo de Freitas. Com efetivo de mais de 600 policiais, a Operação Escudo foi deflagrada logo após o assassinato do soldado Reis e terá prosseguimento mesmo após a prisão do suspeito do crime.

“Cada ocorrência é investigada. Não há ocorrência que não seja investigada. Nós temos a presença da Polícia Civil, e todas as ocorrências vão ser investigadas. A gente está enfrentando o tráfico de drogas e o crime organizado e temos que ter consciência disso”, reforçou o governador.

De acordo com o secretário Derrite, quatro dos oito suspeitos mortos durante confrontos com a polícia já foram identificados e todos têm antecedentes criminais. Ele também afirmou que o vídeo gravado pelo suspeito de assassinar o PM Reis foi produzido por orientação da defesa do acusado e que as circunstâncias de cada ocorrência na Operação Escudo estão sendo investigadas.

“É uma estratégia do crime organizado, inclusive, cooptar moradores e pessoas das comunidades que também são vítimas do tráfico de drogas apresentando versões. Já temos casos de inquéritos instaurados e, ao longo da investigação, chega-se à conclusão que partiu ordem do crime organizado para que a pessoa dizer que viu isso ou aquilo. E, no final das contas, é provado que não aconteceu”, disse o secretário.

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