Governo do Estado apresenta quinta atualização do Plano São Paulo

Região de Campinas regride para fase de restrição total de atividades não essenciais; ao todo, são dez áreas do Estado na etapa vermelha.

O Governador João Doria anunciou nesta sexta-feira (3) a quinta atualização do painel de fases da retomada econômica do Plano São Paulo, com quarentena mantida até o próximo dia 14. O avanço da pandemia no interior ainda é preocupante e deixa dez regiões na fase vermelha de restrição total de atividades não essenciais. Em relação à semana passada, a região de Campinas retorna ao alerta máximo, e nenhuma área avançou a fases mais flexíveis.

“São Paulo continuará seguindo as orientações da medicina e da ciência. Sem concessões a ideologias, pressões ou propostas populistas”, afirmou o Governador. “Todos nós queremos deixar para trás essa tempestade, mas a travessia ainda não terminou. Por isso, não podemos e não vamos relaxar. Continuamos recomendando que as pessoas, se puderem, fiquem em casa. Principalmente as pessoas dos grupos de maior risco, com mais de 60 anos e comorbidades. E os que tiverem que sair, sempre usem máscara”, acrescentou Doria.

As regiões que estão na fase vermelha são as dos DRSs (Departamentos Regionais de Saúde) de Araçatuba, Bauru, Campinas, Franca, Marília, Piracicaba, Presidente Prudente, Registro, Ribeirão Preto e Sorocaba. Já na etapa laranja, ficam as áreas de Araraquara, Baixada Santista, Barretos, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto e Taubaté, além das sub-regiões Leste (Alto Tietê), Norte (Franco da Rocha) e Oeste (Osasco) da Grande São Paulo.

Na Grande São Paulo, a capital e as sub-regiões do ABC e de Taboão da Serra permanecem na etapa amarela, que libera reabertura de bares, restaurantes e salões de beleza com 40% da capacidade e expediente diário de até seis horas.

Com protocolos bastante rígidos, o Plano São Paulo também passa a permitir nesta fase intermediária a reabertura parcial de academias na próxima semana. Regiões que permanecerem por 28 dias seguidos na fase amarela também poderão reabrir, com limitações, espaços culturais como museus, bibliotecas, cinemas, teatros e salas de espetáculos.

Nas demais três sub-regiões da Grande SP e outras sete áreas do interior e litoral, a fase laranja libera funcionamento com 20% da capacidade de escritórios em geral, imobiliárias, comércio de rua, shoppings e concessionárias. A novidade é uma opção estendida de horário: quatro horas diárias, todos os dias, ou abertura por seis horas durante quatro dias e fechamento do atendimento presencial por outros três dias.

Na última sexta (26), o Governo do Estado recomendou que as prefeituras da capital e as sub-regiões do ABC e de Taboão da Serra só liberassem o atendimento presencial em salões de beleza e barbearias, bares e restaurantes a partir do dia 6 de julho.

O Prefeito de São Paulo, Bruno Covas, usou o prazo sugerido pelo Centro de Contingência do coronavírus para a definição de protocolos sanitários específicos. Ele confirmou a reabertura desses segmentos logo após o final desta semana.

Capacidade hospitalar

Segundo os indicadores de saúde nesta quinta atualização, a capacidade hospitalar para atendimento a pacientes graves de COVID-19 é satisfatória na maioria das regiões, mas há preocupação em relação a cidades dos DRSs de Ribeirão Preto (86% de ocupação em UTIs COVID-19), Campinas (80%), Barretos (77%), Sorocaba (75%) e Piracicaba (70%).

A média estadual é de 64% de ocupação em leitos de terapia intensiva, ante 65,5% há uma semana, e de 20,2 vagas para cada cem mil habitantes – há sete dias, eram 19,7.

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