
Por conta própria, governadores dos estados de São Paulo, Goiás e Espírito Santo anunciaram medidas para ajudar empresas exportadoras que devem ser impactadas pelas tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos, cuja validade deve ter início a partir desta sexta-feira (1º de agosto).
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), lançou uma linha de crédito de R$200 milhões para empresas exportadoras paulistas. Entre as condições, estão: prazo de 60 meses até o pagamento; taxas a partir de 0,27% ao mês, além do IPCA, limite de financiamento de até R$ 20 mi por cliente, entre outros.
Em Goiás, Ronaldo Caiado (União) apresentou um pacote com linha de crédito que contém juros inferiores aos de mercado. Segundo o governo estadual, a taxa de financiamento será inferior a 10% ao ano. Em troca, as empresas que receberem o empréstimo terão que fazer a manutenção dos empregos.
Já o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), anunciou a criação de um comitê para analisar medidas de proteção ao estado, mantendo diálogo com o setor federal e o setor produtivo.
“A medida anunciada por Trump impacta setores estratégicos como petróleo, aço, carne e até aeronaves, afetando diretamente negócios que sustentam milhares de empregos no Brasil. Com o dólar em alta, a inflação ganha fôlego e o crédito encarece, freando investimentos”, aponta a advogada tributarista Mayra Saitta, do escritório Saitta Advocacia.
A advogada avalia que as estratégias adotadas pelos estados podem ser benéficas, porém, as exportadoras também precisam de cautela.
“Empresas que dependem da exportação precisam rever rotas e buscar novos mercados, antes que o mercado as reveja. Diversificar parceiros e canais agora não é alternativa, é mais questão de sobrevivência”, pontua.
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