Especialista orienta como evitar incêndios causados por sobrecarga de energia em residências

Segundo Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), mais de 50% dos incêndios aconteceram dentro de ambientes residenciais

Em 2021, o estado de São Paulo liderou o ranking de incêndios por sobrecarga de energia elétrica no país, segundo a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel). De acordo com o anuário estatístico divulgado pela organização, mais de 50% dos acidentes aconteceram dentro de ambientes residenciais, fato que desperta um alerta para a manutenção de instalações internas e prevenção de acidentes.

Segundo Marcos Valim Carvalho, síndico profissional com formação em gerenciamento de riscos e diretor da Embraps, empresa especializada na contratação de mão de obra terceirizada para empresas e condomínios, ocorrências de incêndio em apartamentos podem ser evitadas com medidas de prevenção periódicas. Conforme divulgado pela Abracopel, dos 677 casos de incêndio por sobrecarga de energia elétrica ocorridos no país no ano passado, 292 aconteceram em casas e 50 em apartamentos, sendo o terceiro local com maior registro deste acidente.

“Nos condomínios, existem diversas medidas que podem ser tomadas pelos síndicos para evitar esse tipo de acidente, uma delas é manter o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) em dia. Além disso, é necessário fazer revisões periódicas de extintores e mangueiras, e treinar brigadas de incêndio. Já os moradores devem ser orientados a desligar aparelhos elétricos em caso de ausência prolongada, nunca deixar carregadores de celular nas tomadas e evitar usar mais de um aparelho em uma mesma fonte de energia”, orienta Marcos.

De acordo com a Abracopel, os acidentes de origem elétrica com carregador de celular começaram a fazer parte do anuário estatístico em 2018 e, desde então, são um dos principais fatores de início de incêndio. Nesse período, segundo a entidade, já foram registrados 56 ocorrências envolvendo esses aparelhos, sendo 13 incêndios fatais, 91 choques elétricos e 74 choques elétricos fatais. Segundo informado pela associação, os adolescentes são as principais vítimas, pois não conseguem ficar longe dos celulares e continuam mexendo nos aparelhos enquanto estão carregando.

Conforme explica Valim, outra maneira de orientar os moradores de condomínios é realizando a divulgação de orientações em murais e canais eletrônicos sobre medidas de segurança, como: verificar a instalação elétrica da residência, não atender o aparelho celular durante o carregamento, não deixar as bocas do fogão acesas sem o uso, não acender velas e incensos perto de cortinas, cama e sofá, ter cuidado na hora de apagar cigarro, não esquecer o ferro de passar roupas ligado, entre outros alertas.

“A vantagem de estar em um condomínio com portaria treinada é o auxílio para o socorro. Nos casos em que não há mais como atuar para a prevenção, o porteiro e o síndico devem estar preparados para realizar a orientação de evacuação em casos de emergência, uma atitude que salva vidas e previne maiores estragos. Em condomínios que investem na prevenção de acidentes, o detector de fumaça é um aliado importante para alertar os moradores diante de um princípio de incêndio”, finaliza Valim.

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