Economia +50 movimenta R$ 2 trilhões ao ano no Brasil; especialista explica

Segundo levantamento da Data8, mercado da ‘Economia Prateada’ movimenta US$ 15 trilhões ao ano no mundo, mais que o PIB da China

O Brasil está vivendo mais. De acordo com o Censo de 2022 do IBGE, o mais recente, o país possui mais de 32 milhões de pessoas com mais de 60 anos. A expectativa de vida do brasileiro chegou a 75,5 anos naquele ano, após sofrer uma queda durante a pandemia da covid-19. E não apenas as pessoas estão vivendo mais, como seguem comprando e transformando o mercado de consumo, a ponto de um novo segmento econômico tomar força no Brasil: a Economia Prateada, mercado voltado para o público acima dos 50 anos que, só no Brasil, movimenta R$ 2 trilhões ao ano e que pode aumentar em poucos anos.

O levantamento foi feito pela empresa Data8, consultoria especializada neste público. Mundialmente, o número é ainda mais impressionante: este mercado movimenta US$ 15 trilhões, um valor maior que o PIB da China.

A Economia Prateada é um setor que consiste em atividades econômicas que atendem as demandas de pessoas acima de 50 anos, além dos produtos e serviços adquiridos por este público.

Segundo a contabilista Mayra Saitta, do escritório Saitta Contabilidade, o aumento da expectativa de vida tem relação direta com o crescimento de mercados específicos, neste caso, daqueles voltados para a terceira idade.

“Esse fenômeno cria várias oportunidades e desafios econômicos que impulsionam o crescimento em diferentes setores, pois surgem necessidades de saúde, acessibilidade e segurança financeira que ajudam a garantir o bem estar neste período da vida. Por isso, o mercado precisa se adaptar, atender às demandas e conversar com este público, pois a tendência de envelhecimento da população não só brasileira como mundial naturalmente irá impulsionar a economia”, comenta Mayra Saitta.

Entre os segmentos apontados pela contabilista, estão o aumento na demanda por serviços de saúde, produtos e serviços de bem estar, seguros e planos de aposentadoria, reformas e acessibilidade nas moradias e cuidados a longo prazo, que inclui Instituições de Longa Permanência para Idosos.

“Esses fenômenos de envelhecimento da população não apenas influenciam o crescimento do mercado, mas também moldam o desenvolvimento de novos produtos e serviços”, aponta a especialista.

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