
O destino final do lixo que produzimos não é a lixeira ou a calçada. Após o descarte, trabalhadores da limpeza no geral e principalmente coletores de lixo vão manipular os dejetos ao longo do processo. Por isso, é importante fazer o descarte correto para evitar exposição a ferimentos por meio de objetos cortantes, por exemplo. E a responsabilidade começa no próprio morador, que produz o lixo.
Em Santos, a Lei Municipal 952 criou o Programa Socioambiental de Coleta Seletiva Solidária Recicla Santos, que entrou em vigor em 2017 e disciplina o gerenciamento e coleta de lixo. A lei dispõe que os santistas devem adquirir o hábito de separar o lixo orgânico do reciclável e que materiais como papel, papelão, metais, plásticos e vidros sejam descartados no dia da coleta dos bairros. Caso misture dois tipos de lixo, como orgânicos e inorgânicos, o morador pode receber multa.
A separação do lixo e o descarte correto de resíduos também deve receber uma atenção especial de moradores de condomínios, onde costumam existir diversos trabalhadores de limpeza. Segundo o gerente operacional da Embraps, Alexandro Coelho, esse hábito adianta o trabalho dos profissionais e também os protege de perigos.
“Essa é uma responsabilidade dos moradores, pois em sua casa ele acondiciona os resíduos já separados e os coloca nos depósitos adequados”, afirma.
Para o gerente, campanhas internas nos condomínios são sempre uma ótima ferramenta para informar a todos, que às vezes não entendem a atividade de movimentação de lixo e resíduos.
Visando conscientizar todos os agentes envolvidos no processo, a equipe de supervisão da Embraps entra em contato com os clientes, repassa informações importantes e até dá sugestões sobre como melhorar a acomodação, descarte e movimentação de resíduos.
“Nosso trabalho de parceria visa o bem-estar do funcionário, trabalhando também a conscientização dos síndicos ou responsáveis para que o processo seja efetivo e bom para todos. Sempre que um cliente nos procura, estamos à disposição para ajudar, até mesmo com palestras nos condomínios, caso seja necessário”, explica.
Risco de objetos cortantes
A separação e o descarte correto impedem que profissionais da limpeza, desde aqueles que trabalham em prédios até garis, que lidam com grandes volumes de dejetos na coleta, se machuquem com objetos cortantes – qualquer um que tenha ponta fina e que, em contato com alguma parte do corpo, causa corte ou perfuração.
“Nossos colaboradores movimentam o saco de lixo, já fechado, para que seja colocado na rua para a coleta urbana. Mas nesse processo de movimentação, muitas vezes, apesar do uso do EPI (Equipamento de Proteção Individual), o saco de lixo pode esbarrar acidentalmente em uma parte do corpo”, explica.
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