A primeira reunião da CPI da Epidemia do Crack fora do parlamento legislativo, a fim de analisar as características ímpares da região, expôs questões de diversas esferas, com relatórios da polícia civil e militar, e especialistas que apresentaram propostas para trabalhar em conjunto e encontrar um caminho efetivo no combate às drogas na Baixada Santista.
O Epidemiologista Dr. Fábio Mesquita, trouxe uma relação dos esforços nacionais e mundiais para o combate às drogas e a assistência aos dependentes químicos, apresentando soluções para o tratamento humanizado.
Também destacou que o fato não é uma epidemia, mas sim um problema do Crack e outras drogas em todo o país, que são necessárias políticas de redução de danos, baseado em evidências científicas.
A Docente e Pesquisadora Luciana Surjus, apresentou o Programa de Extensão Universitária – Centro Regional de Formação em Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos, grupo que promove o debate voltado para a população em situação de vulnerabilidade social, a fim de ampliar a participação e protagonismo dos usuários de droga em seus projetos de cuidado. Ainda ressaltou a importância da regulamentação de políticas públicas extremas por parte do Estado.
O Dr. Luiz Carlos do Carmo, do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior – DEINTER 6 – Santos, trouxe os palestrantes responsáveis pela pasta da polícia para apresentar as apreensões de entorpecentes.
O Dr. Ruy Ferraz Fontes, ex-Delegado Geral do Departamento Estadual de Investigações Criminais – DEINC, e o Delegado Fabiano Fonseca Barbeiro, responsável pelo Deic – Divisão de Investigações Criminais da Baixada Santista no Deinter 6, apresentaram estatísticas sobre a apreensão de drogas PAULO CORRÊA JR DEPUTADO ESTADUALRELEASEna Baixada Santista, o tráfico em território nacional e internacional, e também o incentivo à criação de políticas públicas para o tratamento não violento.
O Comandante Coronel Leandro Pereira Lima, apresentou um relatório extenso do uso aberto de entorpecentes na região, com um total de mais de 300 dependentes, dentre estes, crianças que já estão em contato com o vício.
“Esse número contingente, mesmo que inferior à Grande São Paulo, é preocupante, e vamos cada dia mais trabalhar para o declínio desses”, disse o Comandante.
“Hoje nos preocupa a migração dos usuários de droga da Capital de São Paulo para a Baixada. É muito importante a realização da reunião itinerante, para estarmos mais próximos da população e ouvir a realidade de perto”, comenta Corrêa Jr.
Ocorrida nesta segunda-feira (21), na Câmara Municipal de Santos, a Comissão contou com a presença do Presidente Paulo Corrêa Jr (PSD), a vice-presidente, Paula da Bancada Feminista (PSOL), o relator Delegado Olim(PP), Guto Zacarias(UNIÃO), Simão Pedro (PT) e Lucas Bove (PL), parlamentares membros da comissão.
A reunião enriquece o relatório da investigação, que será entregue ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
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