
Efetividade, acolhimento e presença. O Guardiã Maria da Penha consolidou-se como uma medida essencial no combate à violência doméstica. Celebrando nesta sexta-feira (8) seis anos de atuação, o programa vai ficar ainda mais forte com a formação de uma nova equipe, que deverá iniciar as atividades em fevereiro.
Atualmente, 197 casos estão sob acompanhamento. Desde o início de 2025, já foram registrados 774 boletins de ocorrência – aumento expressivo de 89,71% em relação ao mesmo período do ano anterior (408). Para atender ao crescimento da demanda, a corporação contará com o reforço de quatro novos guardas municipais, que serão selecionados entre os 50 nomeados em junho.
Os novos agentes vão se somar aos dez já atuantes, após participarem de uma capacitação que começa em setembro. O anúncio foi feito pelo secretário de Segurança, Flávio de Brito Junior, durante a cerimônia de aniversário na Casa da Mulher. “A previsão é que comecem a atuar em fevereiro, após a formação. Esse reforço é necessário para auxiliar os agentes atuais e permitir que a Cidade seja dividida de forma estratégica, garantindo mais tranquilidade no atendimento às demandas”.
REFORÇO NECESSÁRIO
O fortalecimento da equipe é ainda mais urgente diante de uma realidade preocupante: o número de medidas protetivas de urgência cresceu 151,7% em quatro anos no Brasil, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Apesar de alarmantes, os dados indicam algo positivo – mais vítimas estão denunciando, buscando apoio e confiando nas políticas públicas de proteção.
“A divulgação do programa faz com que mais mulheres se sintam encorajadas a denunciar. A violência sempre existiu, mas era silenciada pelo medo e pelo julgamento social. Com mais visibilidade, os casos notificados aumentam”, afirmou a inspetora Wilma Pereira, de 54 anos, que atua na iniciativa há oito meses.
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