
A decisão de Donald Trump de retomar tarifas sobre importações voltou a movimentar a economia mundial e, segundo o especialista em finanças Resende Neto, deve atingir diretamente o bolso do brasileiro. Embora pareça um tema distante da vida cotidiana, os reflexos da medida podem chegar já nas próximas semanas, especialmente nos combustíveis.
Para Resende Neto, não há como ignorar a interdependência econômica. “A economia hoje é global. Quando a maior potência do mundo muda regras comerciais, parceiros como o Brasil sentem o impacto imediatamente. Mesmo quem nunca comprou dólar ou viajou para fora será afetado. O combustível, por exemplo, é dolarizado e, quando sobe, pressiona toda a cadeia, já que quase tudo no Brasil é transportado por caminhões”, afirma.
O especialista lembra que alimentos como trigo, milho, soja e café, mesmo produzidos internamente, também são cotados em dólar e devem sofrer reajustes, assim como eletrônicos, medicamentos e eletrodomésticos.
Diante desse cenário, a orientação é reforçar o planejamento financeiro. “É hora de agir de forma proativa, não reativa. O brasileiro precisa controlar gastos, evitar assumir novas parcelas longas, priorizar compras à vista e fortalecer a reserva financeira. Quem se organiza sofre menos com a inflação e até encontra oportunidades em momentos de crise”, diz Resende Neto.
Entre as recomendações práticas estão revisar supérfluos, antecipar compras essenciais antes dos reajustes e buscar alternativas de renda. “Crises para alguns significam dificuldades, mas para outros podem ser chances de crescimento. O que define em qual grupo cada pessoa estará é a forma como reage a esse cenário”, conclui.
Faça um comentário