O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, esteve no Palácio do Planalto, na última quinta-feira (9), em uma reunião com o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, para debater a privatização da gestão do Porto de Santos. Ao se encontrar com o braço direito do presidente Luiz Inácio Inácio Lula da Silva, o governador driblou o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, que tem se colocado publicamente contra a concessão das instalações na Baixada Santista.
“É importante ressaltar que a privatização de portos não deu certo em nenhum lugar do mundo. Entregar a autoridade portuária à iniciativa privada é um absurdo! Ninguém no mundo faz isso. Só existe um caso, na Austrália, e não deu certo. Esse debate está superado. O brasileiro já decidiu na eleição que não quer a privatização”, afirmou Nogueira.
De acordo com o parlamentar santista, pontos conceituais, estratégicos e de política pública precisam ser debatidos com a sociedade, poder público, empresários, trabalhadores e com toda a Região Metropolitana da Baixada Santista, onde o porto está localizado.
Os resultados do porto em 2022 se mostram em evolução. Ele movimentou 162,4 milhões de toneladas de carga o ano passado. Em relação a 2021, o resultado apresentou um crescimento de 10,5%. Os embarques avançaram 15,1%, chegando a 118,7 milhões de toneladas, e os desembarques totalizaram 43,7 milhões de toneladas. Trata-se do recorde de movimentação de cargas em só um ano no complexo portuário santista.
Para 2023, a expectativa é de movimentação de cerca de 167 milhões de toneladas de cargas operadas no Porto de Santos.
Nogueira ressalta a importância do conceito de porto-indústria. “É necessário encarar o desafio de gerar mais empregos nas regiões portuárias e melhorar a infraestrutura nos portos, sem abrir mão da soberania nacional”, completou o vereador.
Segundo dados econômicos, o Porto de Santos é responsável por aproximadamente 30% da balança comercial brasileira.
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