Os motoristas e demais empregados da empresa Otrantur, que opera o transporte coletivo em São Vicente, poderão entrar em greve a partir desta quarta-feira (19).
Com base na lei de greve (7783-1989) e organizados no sindicato dos trabalhadores rodoviários, eles debaterão o movimento em assembleia às 18h30 desta terça-feira (18).
A categoria reclama salários, horas extras e benefícios atrasados, entre eles plano de saúde, vale-refeição, adicional de assiduidade, ‘plr’ e férias vencidas.
No sábado (15), o presidente do sindicato, Valdir de Souza Pestana, publicou dois editais, um convocando a assembleia desta semana e outro avisando aos usuários sobre a greve.
Famílias desassistidas
No comunicado, ele pondera sobre “a intranquilidade dos trabalhadores e suas famílias, que estão prestes a ficar desassistidas”. E diz que “a mora tem sido contumaz”.
No documento, Pestana adverte que, caso a empresa não salde as dívidas, a greve será por tempo indeterminado. Ele ressalta, porém, que os requisitos para preservar os usuários serão observados.
No edital de convocação da assembleia, o sindicalista reclama da falta de medidas sanitárias frente à nova onda da pandemia e destaca o risco de corte do plano de saúde.
Empresa e prefeitura
O documento responsabiliza a “inércia” da empresa e da prefeitura, como contratante dos serviços, pelo não cumprimento dos direitos trabalhistas. E adianta que acionará a justiça e o ministério público.
Na assembleia da semana passada, o vice-presidente, o secretário-geral e o diretor jurídico, Alberto Simões ‘Betinho’, Eronaldo Oliveira ‘Ferrugem’ e Walter Gomes ‘Mineiro’ orientaram os trabalhadores.
Lembraram que não devem fazer greves espontâneas, sem cobertura do sindicato e observação da lei de greve, alertando que isso poderá prejudicá-los em eventual julgamento.
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