Há um mês o Vets na Rua, projeto do Departamento de Saúde Ambiental, em parceria com o Consultório na Rua (Conar) de Praia Grande, começou um trabalho de convencimento de pessoas em situação de rua sobre a importância da castração de seus animais. Desde então, seis animais já foram castrados e, após a recuperação, devolvidos aos seus tutores.
De acordo com uma das veterinárias do projeto, Maíra Freitas Rocha, a castração desses animais é uma questão de saúde pública, pois evita que eles se reproduzam indiscriminadamente e também reduz o risco de doenças. “A castração mostra-se muito importante não só para o controle populacional, mas é essencial também na diminuição da transmissão de doenças, para reduzir o territorialismo e consequentes mordeduras, além da diminuição de atropelamentos, tumor de mama, tumor venéreo transmissível (TVT), entre outros”, explicou.
O principal o objetivo do projeto é promover a saúde tanto das pessoas quanto de seus animais. O trabalho consiste na orientação, avaliação, vermifugação, vacinação e, quando permitido, castração dos animais.
De acordo com o diretor do Departamento de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Marono, duas veterinárias e uma auxiliar da Saúde Ambiental e a equipe do Conar percorrem as ruas de Praia Grande oferecendo esse atendimento. “O Consultório na Rua já realiza o atendimento médico dessa população, é um consultório móvel e a equipe de saúde já conta com a confiança das pessoas em situação de rua, o que facilita a ação das veterinárias”, explica.
Para a veterinária Maíra Freitas Rocha, a atuação multidisciplinar do Vets faz parte da Saúde Única, uma abordagem focada na saúde dos seres humanos, dos animais que interagem e do ambiente que estão inseridos. “A equipe mantém um olhar abrangente para promover a saúde e prevenir doenças. A atuação do médico veterinário no Sistema Único de Saúde vai muito além da clínica médica voltada aos cães e gatos, trata-se de uma abordagem com foco na coletividade e no princípio de equidade, priorizando-se populações em situação de vulnerabilidade, visando a promoção de uma saúde integral”, destaca.
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