Sindicato defende trabalhadores da Translitoral na transferência para City

O jurídico do sindicato dos trabalhadores em transportes rodoviários de Santos e região acionará judicialmente a empresa Translitoral, que opera o transporte público em Guarujá até 31 de janeiro, para garantir os direitos dos empregados. A Translitoral perdeu licitação para a empresa paulistana City Intermodal, em outubro de 2018. A nova empresa, ligada ao grupo Ultra, começará as atividades em 1º de fevereiro e aceita contratar os trabalhadores que tiverem o vínculo trabalhista rescindido na Translitoral. A City alega não poder contratar os empregados que permanecerem vinculados com a Translitoral em carteira de trabalho. A nova empresa diz que é isso seria impossível do ponto de vista jurídico. Ela garante os direitos coletivos da categoria até a data-base de maio. A decisão de acionar coletivamente a Translitoral na justiça do trabalho foi aprovada em duas assembleias, na sexta-feira (18), de manhã e à noite, que lotaram o auditório do sindicato. A ação defenderá os trabalhadores nas rescisões contratuais.

 

O vice-presidente do sindicato, José Alberto Torres Simões ‘Betinho’, lamenta que a prefeitura tenha apressado o processo de substituição de uma empresa pela outra, impossibilitando, assim, que a questão trabalhista fosse negociada com mais tranquilidade. O sindicalista entende, porém, a necessidade da população ter um transporte novo e de melhor qualidade. “Estamos diante de uma situação complicada e polêmica, envolvendo os trabalhadores, milhares de usuários, o poder executivo, duas empresas e o sindicato”.

Felizmente, ainda temos justiça do trabalho:

“O que se vê, hoje, são trabalhadores aflitos e confusos diante de uma realidade muito estressante”, diz o sindicalista. “Felizmente, ainda temos justiça do trabalho e a ela recorreremos para garantir os direitos coletivos e individuais da categoria”, diz Beto.

“Seja qual for a atitude de cada um, o sindicato dará toda a cobertura jurídica e negocial. Estamos à disposição dos companheiros e companheiras, pessoalmente, por telefone ou rede social, para esclarecer o que não ficou claro nas assembleias”, finaliza Betinho.

 

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