Jilmar Tatto diz que apoio de Lula o levará ao segundo turno

As ‘lives’ da federação dos rodoviários começaram na terça-feira (22), com o candidato Orlando Silva. Seu presidente, Valdir de Souza Pestana, programa a apresentação de outros candidatos.

O pré- candidato  a prefeito de São Paulo Jilmar Tatto (PT) espera que o apoio do ex-presidente Lula à sua campanha, na próxima semana, o leve ao segundo turno contra quem ele chama de “candidato do Bolsonaro”.

Sem citar nomes, ele deu a entender, em ‘live’ da federação estadual dos trabalhadores em transportes rodoviários (Fttresp), que seu concorrente será Celso Russomanno (Republicanos).

Mesmo com 2% das intenções de voto em pesquisa Datafolha publicada nesta quinta-feira, contra 29% de Russomanno e 20% de Bruno Covas (PSDB), ele acredita que crescerá já neste final de setembro.

“Quando começarmos as carreatas e demais atividades eleitorais, já na semana que vem, com apoio de Lula, o PT crescerá. A eleição será polarizada entre os candidatos de Lula e de Bolsonaro”.  PT tem 18% e Lula transfere 41%.

Ao responder a pergunta de um diretor da Fttresp sobre a divisão da esquerda nas eleições, Jilmar disse que procurou os candidatos Guilherme Boulos (Psol) e Orlando Silva (PCdoB).

Ele contou que propôs aos dois a candidatura única do PT, com apoio de Lula, e que ouviu de ambos a mesma justificativa da necessidade de atender à cláusula de barreiras.

Essa cláusula é um dispositivo que restringe ou impede a atuação parlamentar de um partido que não alcance determinado percentual de votos, uma votação mínima exigida pela legislação eleitoral.

Jilmar diz que a legenda do PT tem hoje 18% das intenções de voto e que Lula influencia 41% dos eleitores. “Quero os candidatos progressistas comigo no segundo turno contra o candidato do Bolsonaro”.

Geração de emprego

O principal ponto de seu programa, segundo ele, é o de geração de emprego e renda básica, que “possibilitará colocar comida na mesa dos que hoje não têm onde trabalhar nem ganhar”.

Para produzir postos de trabalho, ele criará frentes na área cultural, “geradora de muito emprego”, e edificação de residências populares, fomentando o setor da construção civil.

A criação de cooperativas para fabricação e comércio de uniformes escolares e do serviço público municipal gerará empregos. Cooperativas de crédito e de reciclagem de lixo, também.

Segundo ele, tudo isso é possível por causa do orçamento municipal superior a R$ 68 bilhões e da arrecadação, que aumentou em 16%. Segundo ele, a prefeitura tem hoje R$ 18 bilhões e 500 mil em caixa.

Banco do povo

A seguir, ele coloca o chamado ‘banco do povo’, para emprestar dinheiro com juros baixos às pessoas que querem montar seus pequenos negócios e que não têm crédito do mercado financeiro.

Jilmar diz que esse banco público municipal fornecerá também ‘maquininhas’ de cartões de crédito e débito, possibilitando que as pessoas fujam das taxas cobradas pelas empresas especializadas.

O petista também propõe aplicativos para utilização dos entregadores de refeições e outras mercadorias, que atualmente trabalham para empresas, inclusive estrangeiras, que ficam com até 25% do valor das entregas.

Recriar a CMTC

Seu programa prevê o transporte público gratuito para o desempregado em busca de trabalho, congelamento das tarifas e sua fixação em R$ 2 nos finais de semana e madrugadas.

O bilhete único para estudantes, que, conforme lembrou, foi revogado pelo ex-prefeito João Dória (PSDB), também está no seu projeto de governo.

Jilmar estuda a refundação da CMTC (companhia municipal de transporte coletivo), privatizada em 1993 pelo então prefeito Paulo Maluf (PPR), para voltar à operação na cidade.

Ele quer também ampliar a fiscalização do transporte público pelo SPTrans, dizendo que “não tem cabimento as empresas privadas fiscalizarem a si mesmo”.

Mais ‘lives’

O candidato trocou várias informações com os diretores e assessores da Fttresp sobre a modernização da frota com ônibus dotados de baterias elétricas antipoluentes.

Jilmar foi secretário de transportes da prefeita Marta Suplicy e de Fernando Haddad, ambos do PT. Na gestão de Marta, foi implantado o bilhete único e a gratuidade para maiores de 60 anos.

O candidato já foi também deputado estadual e federal, começando sua atuação política na zona sul da cidade, no final da década de 1970, ainda no regime militar.

As ‘lives’ da federação dos rodoviários começaram na terça-feira (22), com o candidato Orlando Silva. Seu presidente, Valdir de Souza Pestana, programa a apresentação de outros candidatos.

Sem a direita

“Só não virão aqui os candidatos de direita”, disse o sindicalista, ao final da ‘live’. “Os demais são nossos companheiros e ajudaremos suas campanhas da melhor maneira possível”.

 

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