Cientistas descobrem nova espécie de perereca-de-bromélia na Bahia

Foi ouvindo o som que saía de bromélias localizadas a 20 metros de altura, em árvores remanescentes da Mata Atlântica baiana, que o professor Mirco Solé, do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Santa Cruz (BA), teve seu primeiro contato com aquilo que, 13 anos depois, seria mais uma de suas seis descobertas científicas: a Phyllodytes magnus, uma nova espécie das chamadas pererequinhas-de-bromélia.

Com isso, já estão contabilizadas 14 espécies diferentes desse pequeno anfíbio que nasce, cresce, reproduz e morre em meio às bromélias.

Pesquisas já comprovaram que pelo menos uma dessas espécies tem como uma de suas fontes de alimento larvas de mosquitos que transmitem doenças como dengue, zika ou chikungunya. “De fato as pererequinhas-de-bromélia desempenham função ecológica que beneficia o ser humano”, disse o professor.

“Dentre elas [as 14 espécies já descobertas] têm uma que já foi estudada, e da qual sabemos que os girinos conseguem se alimentar de larvas de mosquitos. Ela atua como controlador biológico de larvas de mosquitos que transmitem dengue, zika ou chikungunya, que se desenvolvem nas axilas de bromélias.”

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